terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Thank You Scientist - (2016) Stranger Heads Prevail


No último dia do ano, uma última postagem bem especial para você, caro leitor santérico. O derradeiro disco é uma descoberta que muito me impressionou já há um tempo. Stranger Heads Prevail é o espetacular segundo trabalho dos estadunidenses do Thank You Scientist. Extrapolando os limites mais ou menos genéricos do rock progressivo, estes camaradas usam e abusam do experimentalismo e trazem uma sonoridade ímpar que acrescenta miríades de temperos virtuosísticos muito bem escolhidos e colocados no seu caldeirão alquímico sonoro. Desde pegadas fortes e furiosas do metal até as sofisticações elegantes e técnicas do jazz. Eis uma já antiga fusão bombástica que dá muito certo e que aqui assume novas combinações junto à malabarismos espiralados e circenses. A banda possui sete integrantes, incluindo instrumentistas não tão comuns neste gênero: trompete, saxofone, cítara e violino elétrico. É evidente a paixão que carrega e energiza o disco; e tudo executado com primazia e requinte estético. Um trabalho bonitão para fechar esse ciclo. E na medida do possível, tenha um feliz ano novo!

Thank You Scientist - (2016) Stranger Heads Prevail:

01 Prologue: A Faint Applause...
02 The Somnambulist
03 Caverns
04 Mr. Invisible
05 A Wolf In Cheap Clothing
06 Blue Automatic
07 Need More Input
08 Rube Goldberg Variations
09 Psychopomp
10 The Amateur Arsonist's Handbook
11 ...Epilogue: And The Clever Depart

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

The Gourishankar - (2015) The World Unreal


O segundo disco dos russos do The Gourishankar2nd Hands, que eu postei por aqui há um tempinho atrás, me impressionou bastante e fiquei pensando nele um tempão. Um rock progressivo diferentão e cheio de beleza; bem feito e com passagens impressionantes que davam aquele gostinho de "quero mais". Já o seu terceiro álbum intitulado The World Unreal, vira tudo de ponta cabeça e nos oferece uma proposta arriscada e completamente diferente da de antes. Não sei o porque as bandas quando querem dar uma experimentada, sempre caem no feitiço da música eletrônica. Em The World Unreal essa tentação experimental ainda flerta com ligeiros maneirismos pop que soam meio esquisitos e clichês em comparação ao que se ouve em 2nd HandsThe World Unreal buscou um caminho mais futurista e industrial para fugir dos lugares comuns que o estilo da banda teria a oferecer; para mim fugiu muito do que eu esperava ouvir, mas ainda assim é um disco interessante. Em alguns momentos chega a me lembrar brisas nostálgicas dum new wave oitentista; algo que achei bem  interessante. Confira aí!

The Gourishankar - (2015) The World Unreal:

01 Intro - Fate
02 Order And Chaos
03 First Rush
04 Let It Go
05 Place For Everything
06 Heartland
07 Truth Stays Silent
08 World Unreal
09 Time Follows
10 Pleasure And Suffering - Part 1
12 Pleasure And Suffering - Part 2

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domingo, 29 de dezembro de 2019

The Butterfly Effect - (2003) Begins Here


Mais uma banda australiana para deixar este blog ainda mais lindo e maravilhoso. The Butterfly Effect é nome da empreitada. Os camaradas aqui fazem um som na linha progressiva alternativa meio Tool, meio Karnivool, meio Deftones, com melodia e melancolia, com peso e passagens viajantes e flutuantes. Begins Here é o primeiro álbum do projeto. Com uma alta dosagem de rock alternativo que se mescla singelamente com elementos do progressivo, o disco desenvolve-se sem pressa, numa aura ascendente, trazendo efeitos ambientais e expansivos em riffs cheios de simples progressões crescentes e melodias espaçosas. O trabalho guarda um ar tristonho e nostálgico, e um groove parafraseador de balanços dançantes que em certos momentos nos lembra o saudoso new metal. O disco é daqueles que conseguem desenhar paisagens oníricas em nossas mentes enquanto o escutamos; tipo passeios de carro numa bela estrada costeira. Se você estiver à toa e sem muito o que fazer num Domingo a noite silencioso e triste, esta bolacha pode ser uma ótima companheira junto com uma boa cerveja.

The Butterfly Effect - (2003) Begins Here:

01 Intro
02 Perception Twin
03 Consequence
04 One Second Of Insanity
05 Crave
06 Beautiful Mine
07 Filling Silence - Intro
08 Filling Silence
09 Always
10 Without Wings
11 Overwhelmed
12 A.D.
13 Outro

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sábado, 28 de dezembro de 2019

Karnivool - (2009) Sound Awake


Karnivool é uma banda australiana super bacana com uma sonzeira do cacete, que enquanto o Tool enrolava para lançar o seu novo disco meio brocha Fear Inoculum, estava matando minha imensa saudade dum rock progressivo mais alternativo e descolado. Com temáticas subliminares espiritualistas-místicas na letras, cantos melódicos cheios de melancolia e lirismo num estilo depressivo ascensional que gosto muito, e com um instrumental ambiental, pesado e contemplativo ao mesmo tempo, temos todos os elementos compositivos que fazem a alquimia estética desta belezura que é o seu segundo álbum intitulado Sound AwakeSimple Boy abre a bolacha com uma introdução que vai chegando de mansinho com um baixão encorpado e toma proporções mais flutuantes e abrangentes. Goliath mantém o álbum sempre subindo. Lá no meio do disco estrategicamente temos a inebriante e misteriosa All I Know para nos recuperar o fôlego do excesso de altitude. Deadman e Change fecham o trabalho com duas épicas viagens de mais de dez minutos cada uma. Então, curte aí antes de acabar o ano!

Karnivool - (2009) Sound Awake:

01 Simple Boy
02 Goliath
03 New Day
04 Set Fire To The Hive
05 Umbra
06 All I Know
07 The Medicine Wears Off
08 The Caudal Lure
09 Illumine
10 Deadman
11 Change

Deguste um fluxo (faixa All I Know):



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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Tool - (2019) Fear Inoculum


Depois de muita, muita, muita e muita espera, finalmente em Agosto deste ano, o Tool, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, lançou o seu muitíssimo aguardado novo disco de estúdio com músicas inéditas não tão ineditais. Para mim, a decepção auditiva foi tão grande quanto a espera desta bolacha. Veja bem, o disco não é ruim, mas também não é um Aenima, um Lateralus, ou mesmo um 10.000 DaysFear Inoculum é o quinto disco deles. A impressão que esse trabalho me deu foi a de que pegaram as sobras de vinhetas dos discos anteriores e as lançaram como inéditas neste. Há somente duas faixas que considero devidamente músicas: Fear Inoculum7empest (não por acaso, os singles do álbum). Nem a capa do disco do talentoso e criativo Alex Grey teve lá muita inspiração. Esperávamos também um vídeo-clipe monumental de algum dos singles, e até agora nada! Proposta estranha; meio contemplativo, ambiental e meditativo, mas sem nenhum grande arrebatamento como o de uma Parabola. Eu até gostei do disco, mas vou torcer para que os músicos sejam menos preguiçosos na próxima tentativa.

Tool - (2019) Fear Inoculum:

01 Fear Inoculum
02 Pneuma
03 Litanie Contre La Peur
04 Invincible
05 Legion Inoculant
06 Descending
07 Culling Voices
08 Chocolate Chip Trip
09 7empest
10 Mockingbeat

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Beardfish - (2011) Mammoth


Via Nocturna: "[...] Beardfish criada por Sjöblom e Zackrisson, e com cinco álbuns aclamados pela crítica, [...] está de regresso com um disco muito adequadamente intitulado de Mammoth. [...] As referências são as melhores e quase sempre seventies: King Crimson, Gentle Giant, Camel. E no conjunto de sete temas há tempo para se explorarem desde os riffs tipicamente hard rock, em The Plattform, até momentos verdadeiramente épicos, como em And The Stone Said: If I Could Sleep, onde a presença do saxofone atinge proporções mágicas. Pelo meio, tempo ainda para um pop beatleano, em Tightrope, para uma demonstração da destreza técnica de Rikard Sjöblom no piano em Outside/Inside, para o rock de Green Waves ou para o jazz de Akakabotu. O final faz-se com a brilhante Without Saying Anything, que, na sua forma, se apresenta quase como uma mistura de duas canções, tal a diversidade evolutiva apresentada. Por tudo isto, este Mammoth é um trabalho de eleição que merece ser explorado e sentido em cada um dos seus pormenores. Verdadeiramente delicioso".

Beardfish - (2011) Mammoth:

01 The Platform
02 And The Stone Said- If I Could Speak
03 Tightrope
04 Green Waves
05 Outside - Inside
06 Akakabotu
07 Without Saying Anything (Feat. Ventriloquist)

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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Haken - (2013) The Mountain


Collectors Room: "Em uma época em que o metal progressivo havia atingido o ápice da megalomania técnica e saturação, quando bandas surgiam às torrentes, simplesmente imitando as mesmas fórmulas teatrais e praticamente enterrando o real significado do estilo, o sexteto inglês Haken surgiu como um dos poucos sopros de vida realmente notáveis dos últimos anos. [...] The Mountain é o seu terceiro álbum de estúdio, produzido em conjunto com Jens Bogren e marcando a estreia da banda pelo selo InsideOut Music. [...] A maneira como o conceito se desenvolve ao longo da escalada de The Mountain mostra um Haken engajado em definitivamente criar uma experiência imersiva em nível muito maior do que nos seus álbuns anteriores [...]. Mais dinâmicos e menos obcecados em soarem técnicos ou exibicionistas, as composições no novo trabalho atingem nível de maturidade diferente, focando na elaboração e no fluxo natural de uma história e na utilização de suas influências para agregar ainda mais detalhes à música, que funciona sistematicamente no decorrer do disco [...]" - Simplesmente é um discaço da porr@!

Haken - (2013) The Mountain:

01 The Path
02 Atlas Stone
03 Cockroach King
04 In Memoriam
05 Because It's There
06 Falling Back To Earth
07 As Death Embraces
08 Pareidolia
09 Somebody
10 The Path Unbeaten (Bonus Track)
11 Nobody (Bonus Track)

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Porcupine Tree - (2005) Deadwing


Whiplash: "'Deadwing', [...] mostra a banda cada vez mais apostando no peso de suas composições. A faixa-título que abre o CD é uma prova disso. Na segunda, intitulada 'Shallow', a banda apresenta uma das músicas mais pesadas da carreira. Gavin Harrison faz um excelente trabalho com as baquetas, enquanto Wilson demonstra a habilidade de sempre na criação das linhas vocais. 'Lazarus' e 'Halo' já remetem ao que o Porcupine Tree está acostumado a fazer [...]: aquela mistura de prog rock/metal mesclado com doses de rock psicodélico, 'ambient' e alternativo. A próxima faixa, 'Arriving Somewhere But Not Here', já nasceu clássica. [...] As letras mostram Wilson inspirado, lançando mão da usual melancolia lírica, mas sem cair naquela tristeza exagerada que algumas bandas insistem hoje em dia. Tudo muito bem dosado. Como uma boa 'clássica progressiva', a faixa abusa das diferentes mudanças de andamento, teclados muito bem aplicados [...] e um excelente trabalho de guitarra feito por Mr. Wilson. [...] O CD fecha com 'Glass Arm Shattering', que é tipicamente 'Pink Floydiana', da época do The Wall. [...]" - Mó viagem!

Porcupine Tree - (2005) Deadwing:

01 Deadwing
02 Shallow
03 Lazarus
04 Halo
05 Arriving Somewhere But Not Here
06 Mellotron Scratch
07 Open Car
08 The Start Of Something Beautiful
09 Glass Arm Shattering
10 Shesmovedon (Bonus Track)

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sábado, 21 de dezembro de 2019

Nova Collective - (2017) The Further Side


Whiplash: "A partir de meados de 2014, membros do Between The Buried And Me, Haken e Trioscapes (três dos maiores grupos de metal progressivo/jazz fusion da atualidade) começaram a escrever música juntos. São eles: Richard Henshall (guitarrista e tecladista do Haken e do To-Mera), Dan Briggs (baixista do Between The Buried And Me e do Trioscapes), Pete Jones (ex-tecladista do Haken) e Matt Lynch (baterista do Trioscapes e do Cynic). O resultado da cozinha começou a ser revelado aos poucos no ano passado, culminando no lançamento de The Further Side, álbum de estreia do quarteto instrumental. [...] The Further Side traz apenas seis faixas. Uma batida de olho e você pode supor que ao menos uma delas é um trabalho super épico, mas na verdade nenhuma delas bate os dez minutos. Temos um total de menos de 50 minutos de música, algo não muito comum para trabalhos do gênero. [...] Misturados ao rock e ao pouco heavy metal, temos bastante jazz e música clássica, na forma, respectivamente, de passagens intrincadas e complexas e frases acústicas polidas. [...]" - Nova Collective é nome dessa empreitada supimpa!

Nova Collective - (2017) The Further Side:

01 Dancing Machines
02 Cascades
03 Air
04 State Of Flux
05 Ripped Apart And Reassembled
06 The Further Side

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Um pouco da pegada ao vivo (faixa Dancing Machines):



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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Special Providence - (2007) Space Café


Eis mais uma vez por estas bandas o quarteto instrumental Special Providence. Sua música está na encruzilhada do jazz e do rock progressivo, além da eletrônica, temperada com nuances metaleiras moderadamente picantes. A partir de 2004, o Special Providence rapidamente ganhou credibilidade no experimento de rock virtuosístico. Eles foram aplaudidos pelos espectadores de festivais na Europa continental, nas ilhas britânicas e escandinavas, e na América do Norte e do SulSpace Café, a primeira bolacha do grupo, traz um tempero delicioso para uma empreitada de sucesso. Estamos num território selvagem, ao qual apenas um temerário raro se arrisca a pisar. Particularmente, já virei fã da banda. Técnica performática de alta qualidade; composições sofisticadas com beleza e requinte; e lirismo melódico casado com virtuosismo roqueiro e maneirismos jazzísticos. Sumarizando: uma aventura sonora fascinante, empreendida por músicos inteligentes. Recomendo a uma ampla gama de amantes da música como uma ferramenta patenteada para o prazer estético.

Special Providence - (2007) Space Café:

01 Space Café
02 After The Rain
03 Mosquito
04 Momsterdam Airplane
05 Childhood
06 End Of Childhood
07 BBB
08 Lava
09 Little Mouse
10 Falling Angels

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sábado, 30 de novembro de 2019

Pé De Cerrado - (2010) Cultura Candanga


Pé De Cerrado: "Esse álbum foi construído em comemoração aos 50 anos de Brasília. Ele traz a diversidade, numa homenagem ao Distrito Federal, que recebe influências culturais de todo o Brasil. É um trabalho de composições inéditas e também autorais, resultado do amadurecimento do grupo, percebido no zelo com as melodias e os arranjos. Uma oração em ritmo de catira abre o CD, pedindo licença à mãe divina para iniciar os trabalhos. A música Cultura Candanga homenageia inúmeros artistas da capital, nas batidas do samba pisado – ritmo inventado pelo grupo brasiliense Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. A música O Presente, um afoxé suave, mas que não deixa ninguém ficar parado, nos lembra da importância de viver e agradecer o momento presente, do poder do agora. A música Poeira Das Estrelas, digna de trilha sonora de filme, evoca a espiritualidade existente em cada um. Tem música pra agradecer, pra orar, pra dançar bastante e pra se emocionar, com os ritmos mais genuínos da cultura popular brasileira. Participações especiais: Cacai Nunes, Edinho Silva, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, Rafael dos Anjos e Ted Falcon".

Pé De Cerrado - (2010) Cultura Candanga:

01 Mãe D'Água
02 A Verdade
03 Cultura Candanga
04 O Presente
05 Coração Aprendiz
06 Buxo De Baleia
07 Pisa
08 Alvorecer
09 Poeira Das Estrelas
10 Viva O Côco
11 Mundão

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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Saracotia - (2012) Saracotia


Hangover Music: "Formada, em 2008, por Rodrigo Samico (violão de 7 cordas), Rafael Marques (bandolim de 10 cordas) e Márcio Silva (bateria), a 'Saracotia' é um dos mais recentes projetos musicais a entregar esse nicho que, cada vez mais, conquista espaço em um mercado ainda restrito. Apesar de já incluir em seu currículo feitos significantes – vide a abertura, no ano de 2011, para o violonista gaúcho Yamandu Costa [...]. O trio de jovens músicos investe em uma fusão peculiar entre o jazz e o chorinho. O lado jazzístico da banda é evidenciado, principalmente, pela bateria de Márcio Silva que, atipicamente, também compõe. 'Caminhando' – faixa que abre o debut – exemplifica e sintetiza, com classe, a proposta da 'Saracotia'. De autoria do baterista, a composição reúne compassos pouco habituais e belas linhas melódicas que, aos poucos, transformam-se em sessões de improviso – deixando claro a proposta jazzística. Contudo, influências mais regionais ainda surgem em músicas como 'Engatinhando' – um 'frevo bem chorado' ou, nas palavras do trio, um frevo 'bem Saracotia' [...]" - Vale a pena conferir!

Saracotia - (2012) Saracotia:

01 Caminhando
02 Peixe Estranho
03 O Vôo Da Mosca
04 Celeste
05 Quase Que Eu Não Chego Em Casa
06 Spain
07 Chão Rachado
08 Em Cima Do Muro
09 Engatinhando
10 Girassóis

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Apresentação no Instrumental SESC Brasil:



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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Orquestra Popular Da Bomba Do Hemetério - (2012) #CabeçaNoMundo


A Orquestra Popular Da Bomba Do Hemetério foi idealizada e formada pelo músico, compositor e arranjador Francisco Amâncio Da Silva, o Maestro Forró, que comanda uma equipe de 26 integrantes. Desde 2002, a Orquestra vem fazendo sucesso por mostrar arranjos fora dos padrões para as orquestras tradicionais, unindo características eruditas e populares, executando os mais variados ritmos, como coco, frevo, rock e manguebeat. #CabeçaNoMundo, o terceiro álbum dessa empreitada, vem sendo reconhecido nacionalmente desde seu lançamento. O trabalho consta com 12 músicas que passeiam pelo frevo, ciranda, forró, cumbia e até um inusitado maracatu funkeado, entre outros ritmos. Inspirado basicamente em elementos circenses, o Maestro cria um frevo carregado de dificuldades técnicas e maneirismos experimentais. A Orquestra toca de tal forma que o resultado revela uma leveza álacre e a pura espontaneidade performática. Uma tradicional loa de maracatu de baque virado, ganha uma nova roupagem através da mistura das culturas afro brasileira e erudita. Uma delícia!

Orquestra Popular Da Bomba Do Hemetério - (2012) #CabeçaNoMundo:

01 Frevo De Bolso
02 Rainha Se Coroou
03 Tô Doidão
04 Formigando
05 Fole Assoprado
06 Meu Esquema
07 Chey De Dengo
08 Óia A Virada
09 Recife Iluminado
10 Vamos Cirandar
11 Suíte Andante
12 #CabeçaNoMundo

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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Orquestra Frevo Diabo - (2009) Frevo Diabo


"Liderada por Daniel Marques, carioca, e Armando Lobo, pernambucano, nasce o primeiro grupo brasileiro, fora de Pernambuco, dedicado exclusivamente ao gênero: Frevo Diabo. Elogiada por um dos maiores maestros da história do frevo, Ademir Araújo, o grupo faz uma ponte entre tradição e inovação ao tirar o gênero do regionalismo e torná-lo universal somando compositores como Chico Buarque e Edu Lobo a Capiba e Nelson Ferreira, além de composições próprias. Daniel Marques - guitarra e violão; Armando Lôbo - voz; Fred Castilho - bateria; Fernando Silva - baixo; Leandro Soares - trompete; Julio Braga e Bernardo Aguiar - percussão; Julio Merlino e Alexandre Bittencourt - sax; Gilmar Ferreira - trombone" - Tecnicamente falando, isso é uma lindeza extraordinária que não pode passar batido de jeito nenhum para os amantes da boa música brasileira. Instrumental virtuosístico e tocado com excelência performática; produção muito bacana que dá ênfase absoluta à organicidade natural do som, tipo uma banda de frevo ao vivo passeando pelas ruas de Olinda; lindas letras e muita festividade carnavalesca arrebatadora! 

Orquestra Frevo Diabo - (2009) Frevo Diabo:

01 Frevo Guarani
02 Não Existe Pecado Ao Sul Do Equador
03 De Chapéu De Sol Aberto
04 Frevo Diabo
05 Henriqueto
06 No Cordão Da Saideira
07 Frevo De Itamaracá
08 Último Dia
09 Enquanto Existe Carnaval
10 Carnaval De Perneta

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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Passo Largo - (2016) Férias Em Nibiru


Correio Web: "Integrada por músicos de reconhecida trajetória na música instrumental, o trio Passo Largo [continua o fluxo gostoso com mais um álbum porreta]. Seguindo a vertente do rock' n’roll, mas também passeando por diversos ritmos como ska, gipsy jazz e blues grass, a banda já recebeu elogio de grandes nomes como Titãs, Roberto Menescal e Paralamas Do Sucesso - artistas com quem já dividiram o palco. A versatilidade dos instrumentistas possibilita que o choro se misture ao rock, que o jazz seja revisitado, e que a música brasileira ganhe uma cara universal. [...] Férias Em Nibiru [...] traz uma gama de composições que permeiam diferentes gêneros musicais e reflete a diversidade e experiência dos músicos da banda. O segundo álbum do Passo Largo segue os passos do primeiro no que diz respeito à sofisticação dos arranjos e seu flerte com o virtuosismo e denota o amadurecimento do conjunto. [...] a música Férias Em Nibiru, que dá nome a este segundo álbum, recebeu o prêmio de Melhor Música Instrumental pelo Festival De Música Da Rádio Nacional FM 2015".

Passo Largo - (2016) Férias Em Nibiru:

01 Férias Em Nibiru
02 Ascendente Em Própolis
03 Compromíscuo
04 Frita Carla
05 Abalada
06 Úrsula
07 Palmadas
08 Buraco De Minhoca
09 Levada
10 Brincalhorda

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Mawaca - (2009) Rupestres Sonoros (O Canto Dos Povos Da Floresta)


Do site do grupo: "Esta é uma homenagem do Mawaca à diversidade musical dos povos indígenas, [...]. Em Rupestres Sonoros, lançado em 2009, o grupo enveredou por uma arqueologia musical que reúne, em um mesmo trabalho, pinturas rupestres do Brasil e arranjos contemporâneos para canções tradicionais dos índios Suruí de Rondônia, Kayapó de Xingu, Pakaa Nova de Guaporé, Kaxinawá do Acre, entre outros. Magda Pucci, diretora musical do Mawaca, buscou conexões entre a arte rupestre e os indígenas a partir de seu universo simbólico e artístico, entendendo que o homem pré-histórico daqui é o índio que dança, que faz seus rituais, que participa de festas, que caça, que bebe chicha, que namora, que pinta o corpo com urucum, que se adorna com colares e cocares, que se reporta aos seres do céu, do ar e da terra. O Rupestres Sonoros tem como convidados especiais as cantoras Marlui Miranda e Tete Espíndola, o multi-instrumentista Carlinhos Antunes e o produtor, tecladista e flautista Xuxa Levy, responsável pelas bases eletrônicas e co-produtor do do álbum com Magda Pucci e Paulo Bira, músico do Mawaca".

Mawaca - (2009) Rupestres Sonoros (O Canto Dos Povos Da Floresta):

01 Mawaca
02 So Perewatxe
03 Duo Wari
04 Canção Kayapo
05 Ahkoy Te
06 Tamota Moriori
07 Waiko Koman
08 Koi Txangare
09 Matsa Kawa
10 Tupari
11 Asurini
12 Ciranda Indiana (Remix)

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sábado, 23 de novembro de 2019

São Paulo Underground - (2006) Sauna - Um, Dois, Três


Música nada convencional, expressões livres e espontâneas, improvisações que fluem instintivamente por caminhos desconhecidos, e abstrações mesclando-se em texturas de múltiplos experimentalismos. Músicos experientes que se encontraram para fazer uma simbiose despretensiosa de seus talentos e nos presentear com uma sonoridade que rompe com as estruturas do formal e popular. Esse é o São Paulo Underground; um grupo que de fato propõe uma música subterrânea, uma música que cai direto nos terrenos de nosso subconsciente catalizando impressões e sensações. Rob Mazurek, Mauricio Takara e Guilherme Granado são artistas já conhecidos no cenário experimental-instrumental brasileiro, e que neste seu primeiro trabalho intitulado Sauna: Um, Dois, Três, firmaram o poder e a competência de suas loucuras experimentais. O disco foi lançado pelo selo brasileiro independente, Submarine Records. Sauna passeia pelo free jazz, elementos da música brasileira, loucuras eletrônicas numa super mix de sintetizadores, ruídos e ambientações soturnas. Confira aí!

São Paulo Underground - (2006) Sauna - Um, Dois, Três:

01 Sauna - Um, Dios, Três
02 Pombaral
03 The Realm Of The Ripper
04 Olhosss...
05 Afrihouse
06 Black Liquor
07 Balão De Gás
08 Numa Grana

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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Forró In The Dark - (2013) Light A Candle


Forró In The Dark é uma banda de world music fundada em 2002 em Nova Iorque, Estados Unidos, e é formada por músicos brasileiros. O som dessa rapaziada combina forró porreta com um caldeirão de rock, jazz, reggae, psicodélica, folk e muito mais. Juntos desde 2002, o grupo que tem como integrantes, Mauro Refosco (vocais e zabumba), Guilherme Monteiro (violão e guitarra), Jorge Continentino (pífanos, flautas, saxofones) e Davi Vieira (percussão), colaborou e se apresentou com uma grande variedade de artistas, incluindo David Byrne, Red Hot Chili Peppers, Atoms For Peace de Thom Yorke, Bebel Gilberto, Gal Costa e muitos outros. Light A Candle é o segundo e delicioso álbum da banda. Os músicos falam um pouco sobre ele: "...levando o gênero do forró ainda mais longe, adicionando riffs distorcidos de guitarra, arranhões de discos e saxofones pulsantes... e gravado vivo com apenas algumas dublagens mínimas, dando a eles uma forte vibração... os sons da banda balançam como uma dançarina do ventre epilética". Eis uma bolachinha que designa bem o slogan deste blog: puro ecletismo de bom gosto.

Forró In The Dark - (2013) Light A Candle:

01 Bandinha
02 Saudades De Manezinho Araújo
03 Nonsensical
04 Better Than You
05 Baião Embolado
06 Perro Loco
07 Lilou
08 Silence Is Golden
09 Anão De Jardim
10 Lampião No Forró
11 Caipirinha
12 Forró De Dois Amigos
13 Just Like Every Other Night

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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Pagode Jazz Sardinha's Club - (2009) Sardinhas


Esta é uma rapaziada que com certeza você gostaria de convidar para fazer aquela deliciosa roda de samba na sua casa! Tá lá aquela mesinha de boteco de alumínio, cadeiras para todos que não tem samba no pé (com exceção dos próprios músicos), uma feijoada marota e uma bela loira gelada. Não teremos bagunça nem exageros, teremos é samba refinado com altas doses de jazz virtuosístico. Em Sardinhas, o primeiro álbum do Pagode Jazz Sardinha's Club, a técnica profissional jazzística casa-se gostoso com o molejo swingueiro do samba. Quando conheci o trabalho dessa galera me impressionei bastante, e as impressões iniciais foram instantaneamente impactantes! Coisa fina da mais alta qualidade que nos dá orgulho imenso da produção nacional. Certamente vindo da tradição de um Azymuth e coisas semelhantes, esses cariocas não deixam a peteca cair e arrebentam do início ao fim desse biscoito fino. Metais afinadíssimos; percussões e baixão cheios de groove; bandolim, violas e guitarra dão aquela pegada sedutora e apaixonante para dançar. Samba, jazz, bossa nova, sensacional!

Pagode Jazz Sardinha's Club - (2009) Sardinhas:

01 Chave De Cadeia
02 Clube Savana
03 Pagode Jazz Sardinhas Club
04 Samba Castiço
05 Joana Francesa
06 José Do Egito
07 O Dia Em Que Ela Chegou
08 Suíngue Envolvente
09 Gente De Ilha
10 Maxixe, Neném
11 Choro Transgênico
12 Chorinho De Gafieira
13 Não Sou Mais Disso - Faixa Amarela - O Feijão De Dona Neném
14 Mar

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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Zé Ramalho - (1978) Zé Ramalho I


Colectors Room: "Zé Ramalho estreia em 1978 com este disco que transcende o tempo, mas que nos dias de hoje não lhe é feita a devida justiça. [...] Toda esta bagagem fica evidente logo na primeira faixa, 'Avohai'; é destas músicas que não necessitam de explicações, basta ouvir e ser transportado para o universo todo particular que criou para si, uma mistura de psicodelia, rock, música tradicional nordestina e a cultura oral dos violeiros que ainda hoje encantam os nordestinos. [...] 'Vila Do Sossego' vem a seguir mantendo a loucura em alta, seguida por 'Chão De Giz', [...]. Uma das melhores faixas do disco é 'A Dança Das Borboletas', que tem Sérgio Dias, guitarrista do Mutantes, solando por toda a música de forma alucinada, [...]. Outro destaque fica para a instrumental 'Bicho De 7 Cabeças', [...]. O disco segue com 'Adeus Segunda-Feira Cinzenta' e seu acento de seresta, onde o brilho fica para o violão de sete cordas que permeia a melodia completa da música. Fechando o disco um pouco mais de lisergia com 'Meninas De Albarã', [...] e um forró acelerado chamado 'Voa Voa', [...]". - Show de bola!

Zé Ramalho - (1978) Zé Ramalho I:

01 Avôhai
02 Vila Do Sossêgo
03 Chão De Giz
04 A Noite Preta
05 A Dança Das Borboletas
06 Bicho De 7 Cabeças
07 Adeus Segunda - Feira Cinzenta
08 Meninas De Albarã
09 Voa, Voa
10 Avôhai (Voz E Violão) (Bonus Track)
11 Chão De Giz (Voz E Violão) (Bonus Track)
12 Bicho De 7 Cabeças (Voz E Violão) (Bonus Track)
13 Vila Do Sossêgo (Voz E Violão) (Bonus Track)
14 Ratos De Porto (Voz E Violão) (Bonus Track)

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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Hexstatic - (2000) Rewind



Rewind é o primeiro álbum do Hexstatic, lançado pela Ntone (gravadora irmã da Ninja Tune) em março de 2000. A capa do álbum apresenta um computador doméstico de 1980, o Sinclair ZX80. Só esta linda e fofo capinha já me faria postar esse disco por aqui. Hexstatic é uma dupla de música eletrônica inglesa, composta por Stuart Warren Hill e Robin Brunson, especializada na criação de efeitos eletro audiovisuais. Formado em 1997, depois que Hill e Brunson se conheceram durante a produção de elementos visuais para a festa de lançamento do Channel 5. Esses DJ's são obviamente apaixonados pelo estilo electro gerado nos anos 80, quando o som original do hip-hop do Bronx encontrou o som avant-eurodisco do Kraftwerk. O som era inovador na época e, uma década e meia depois, tornou-se um modelo notavelmente durável para futuras explorações. A bolacha se desenvolve em experimentos de sequenciadores melódicos, sons de sintetizador em batidas que soam como brincadeiras vespertinas de jogos de videogame, e piruetas robóticas carregadas de samples nostálgicos em loops digitais. Confira aí essa doideira!

Hexstatic - (2000) Rewind:

01 Rewind Intro
02 Communication Break-Down
03 Deadly Media
04 Ninja Tune
05 Kids Can Dance
06 Vector
07 The Horn
08 Robopop
09 Auto
10 Machine Toy
11 Bass Invader

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terça-feira, 29 de outubro de 2019

The Chemical Brothers - (2019) No Geography


Estes camaradas definitivamente não sabem fazer disco ruim! No Geography é o décimo-primeiro álbum dos super DJ's britânicos do The Chemical BrothersA estrutura molecular dos vários álbuns do The Chemical Brothers tem tipicamente uma de duas formas: odisseias impetuosas e psicodélicas em rave retrô, ou incursões espalhadas em pop-rock e hip-hop, auxiliadas por rappers envelhecidos e folclóricos sabores do rock britânico. No Geography é um álbum mais festivo e feito sob medida para dançar gostosamente por todo e qualquer ambiente. Não é exagero afirmar que esse álbum é um dos mais divertidos que a dupla já lançou nesta década. Mesmo com títulos de músicas como Mad As Hell (MAH) e Free Yourself, este não chega a ser um álbum político, apesar de a arte da capa ter um tanque de guerra enfrentando nuvens cor-de-rosa que formam um rosto pateta e ameaçador. The Chemical Brothers ainda produz arte alto-astral em um momento de grande insegurança cultural e global; nunca houve um momento mais tentador para se perder em sua sobrecarga sensorial.

The Chemical Brothers - (2019)  No Geography:

01 Eve Of Destruction
02 Bango
03 No Geography
04 Got To Keep On
05 Gravity Drops
06 The Universe Sent Me
07 We've Got To Try
08 Free Yourself
09 MAH
10 Catch Me Im Falling

Deguste um fluxo (faixa Eve Of Destruction):



Dance! (faixa Got To Keep On):



The Chemical Brothers sendo The Chemical Brothers (faixa We've Got To Try):



Eles estão entre nós! (faixa Free Yourself):



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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Asian Dub Foundation - (1995) Facts And Fictions


Esta bolachinha de hoje é o álbum de estréia do grupo britânico Asian Dub Foundation, lançado em 1995. Facts And Fictions incorpora elementos dos mais variados estilos numa base consistente que mais ou menos delineia seu som numa pegada irreverente do dub. Você pode ouvir a influência do dub na maneira como a música é montada; você pode ouvir hip hop, jungle e bhangra em seu material rítmico, rock nas guitarras e música tradicional bengali e do norte da Índia em outras amostras que vão fluindo naturalmente. A mixagem resultante é algo incrivelmente único e atraente. Facts And Fictions é um experimento interessante onde podemos ouvir o Asian Dub Foundation iniciando suas panfletagens políticas em forma de música nos mesmos moldes dum Rage Against The Machine; tipo de manifestação musical muito na moda nos meados dos anos 90. Inclusive, o som desses camaradas se parece bastante com o do RATM, mudando apenas a linha instrumental que no lugar dum rock influenciado pela estética setentista, dá espaço amplo para uma música eletrônica descolada e super eclética.

Asian Dub Foundation - (1995) Facts And Fictions:

01 Witness
02 PKNB
03 Jericho
04 Rebel Warrior
05 Journey
06 Strong Culture
07 TH9
08 Tu Meri
09 Debris
10 Box
11 Thacid 9 (Dub Version)
12 Return To Jericho (Dub Version)

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domingo, 27 de outubro de 2019

Atari Teenage Riot - (1999) 60 Second Wipe Out


Seguindo a temática da postagem anterior, apresento-lhe mais um dos grandes representantes da mistura de punk rock e música eletrônica. Atari Teenage Riot, grupo alemão que produz um som infernal, barulhento, intimidador feito para incomodar. É o trabalho da estética da feiura e da anti-música; a atitude punk levada ao extremo junto à eletronicidade esquizofrênica e industrial. Música de maluco! 60 Second Wipe Out é o terceiro álbum deles. Chiados ininterruptos, microfonias angustiantes, estáticas radiofônicas e televisivas ensurdecedoras, gritos femininos desafinados e muitos impropérios revoltosos em forma de cantos raivosos e panfletos de manifestantes baderneiros. Enfim, um punk rock cibernético duma distopia claustrofóbica e diabólica. No site da banda há um frase interessante que sintetiza a proposta de sua música: "Atari Teenage Riot are the glitch in the system". Anárquico e perturbador em sua essência, eles fazem um som que não agrada qualquer um. A versão que lhe trago aqui para download é uma japonesa com três faixas bônus; a versão original tem apenas treze músicas.

Atari Teenage Riot - (1999) 60 Second Wipe Out:

01 Revolution Action
02 By Any Means Necessary
03 Western Decay
04 Atari Teenage Riot 2
05 Ghost Chase
06 Too Dead For Me
07 U.S. Fade Out
08 The Virus Has Been Spred
09 Digital Hardcore
10 Death Of A President D.I.Y.I
11 Your Uniform (Does Not Impress Me)
12 No Success
13 Anarchy 999
14 Paranoid
15 Sex Law Penetration
16 No Success (Digital Hardcore Remix)

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sábado, 26 de outubro de 2019

Mindless Self Indulgence ‎- (2008) You'll Rebel To Anything


Mindless Self Indulgence é uma das primeiras bandas a misturar malucamente sons industriais com punk-rock e techno. A música deles pode ser encontrada em qualquer lugar em que você olha. Está estampada em milhares de trilhas sonoras de filmes e comerciais. As músicas são pura bagunça e doideira. Basicamente, eles tocam uma música industrial, com letras bizarras feitas por membros ainda mais bizarros. Se você já viu as fotos deles, viu um vocalista com um metro e oitenta de altura, cabelo rosa e espetado, ao lado das mulheres em roupas de sadomasoquismo. Eu simplesmente não sei dizer o que é mais estranho, os músicos ou a música. You'll Rebel To Anything me parece que é o oitavo álbum da banda, e esta versão que lhe apresento aqui é uma remasterizada e expandida com uma capa diferente. É álbum feroz com um instrumental descompromissado com a virtuose, intenso e muita vezes barulhento em seus experimentalismos eletrônicos. No final, ficamos com um álbum industrial que não tem absolutamente nenhum propósito senão nos fazer sorrir. A música é perturbadora, a letra é hilária.

Mindless Self Indulgence ‎- (2008) You'll Rebel To Anything:

01 Shut Me Up
02 Stupid MF
03 Straight To Video
04 What Do They Know?
05 2 Hookers And An Eightball
06 Prom
07 Bullshit
08 Tom Sawyer
09 1989
10 You'll Rebel To Anything (As Long As It's Not Challenging)
11 Mic Commander
12 La Di Da Di
13 Make Me Cum
14 Wack!

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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Fatboy Slim - (2004) Palookaville


Palookaville, o quarto álbum do Fatboy Slim, foi construído com precisão para as paradas comercializantes da música eletrônica pós anos 2000. Aqui, ele é apoiado pelo rock alternativo para dar um sustento mais agradável ao manifesto big-beat que andou perdendo terreno para as modas atualizadas da eletronicidade. Mas, em 2004, o DJ Norman Cook volta com coisas bem diferentes das suas experimentações noventistas. Palookaville não é nada parecido com o que ele já fez antes. Não há batidas techno pesadas e isso não te levará às pistas de dança. Norman Cook adquiriu um novo interesse em hip-hop, funk, soul e R&B. Se você está procurando um álbum de dança, não procure aqui. Embora haja algumas influências de dança e algumas batidas techno, este não é um álbum techno. Norman Cook mudou completamente sua música, fundindo hip-hop, funk, pop, soul, jazz e reggae. Em alguns momentos, devaneios mais flutuantes se aconchegam em ondas brisantes e inebriantes dum trip-hop soporífero para relaxamentos descontraídos. Aqui, Fatboy Slim preferiu abraçar com intensidade audaciosa a pop music.

Fatboy Slim - (2004) Palookaville:

01 Don't Let The Man
02 Slash Dot Slash
03 Wonderful Night (Feat. Lateef)
04 Long Way From Home (Feat. Johnny Quality)
05 Put It Back Together (Feat. Damon Albarn)
06 Mi Bebe Masoquista
07 Push And Shove (Feat. Justin Robertson)
08 North West Three
09 The Journey (Feat. Lateef)
10 Jin Go Lo Ba
11 Song For Chesh
12 The Joker (Feat. Bootsy Collins)

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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Lunatic Calm - (1997) Metropol


Cheio de chiados de extáticas televisivas e radiofônicas; barulhos esquisitos ao estilo de movimentações eletrônicas e cibernéticas de computadores ancestrais; digitalismos plásticos e industriais de máquinas numa fábrica; glicthes borbulhantes e explosivos em beats pesadões, são a composição amalgâmica do som lunático de Lunatic Calm. Cria da cena musical eletrônica britânica noventista, na linha big-break beat esquizofrênico psicodélico dum The Chemical Brothers e The Prodigy, parafraseia sua estética soturna, noturna e industrial no seu primeiro álbum, Metropol. A moda passou, mas ficou esse clássico do experimentalismo eletrônico da época. Um mix sombrio e trevoso de rock alternativo, hip-hop cyberpunk e batidas alucinantes e robóticas. Um Kraftwerk satânico e cuspindo fogo! É impossível escutar o disco e não lembrar automaticamente daquelas cenas de luta e perseguição de filmes como Matrix e Mortal Kombat. Não à toa, compuseram trilha sonora para o segundo. Música eletrônica pesada que chega a incomodar em algumas passagens tão maluquetes, distorcidas e perturbadoras.

Lunatic Calm - (1997) Metropol:

01 Fuze
02 Leave You Far Behind
03 The Sound
04 Neon Ray
05 It Evolves On Its Own
06 Choke
07 Long Shadows
08 Roll The Dice
09 Meltdown
10 Metropol
11 Punkywhitenoisething
12 Neon Reprise
13 Mortal Kombat 2 Annihilation - Saundtrek - Leave U Far Behind (V.2 Instrumental Mix)

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