sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Koenjihyakkei - (2001) Nivraym


Koenjihyakkei é um projeto japonês do baterista e compositor Tatsuya Yoshida, que já havia tocado e experimentado muito em seu outro projeto, Ruins; apenas nesse grupo ele estava indo para o caminho do rock-progressivo com hardcocre, fazendo uma música bem perturbadora, estridente e desenfreada. Koenjihyakkei não perde essas características e as incrementa com mais rock-progressivo sinfônico e alguns elementos subliminares de jazz-fusion. Todas as músicas são cantadas em uma língua inventada inteiramente por Tatsuya Yoshida. Nivraym é o terceiro álbum do projeto, lançado originalmente em 2001 e em 2009 reescrito. O impressionante nesse álbum são as mudanças e desenvolvimentos em escalas complexas, linhas melódicas espiraladas em vários momentos, e um trabalho vocal agradável e polido tendendo a ópera. Com combinações de teclado e sintetizador melodiosos em refrões pegajosos, momentos rápidos de loucura, energia e muito dinamismo esquizofrênico pululante, temos um disco de beleza poética unida a violência experimentalista dum avant-garde tenebroso e jazzístico.

Koenjihyakkei - (2001) Nivraym:

01 Nivraym
02 Becttem Pollt
03 Lussesoggi Zomn
04 Vissqauell
05 Mederro Passquirr
06 Axall Hasck
07 Maschtervoz
08 Gassttrumm
09 Vallczeremdoss

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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Kyojaku - (2012) Kokou No Gadan


Uma banda japonesa de excelentíssimo post-rock composta só por lindíssimas japonesinhas super charmosas. Música linda feita por mulheres lindas; não existe melhor combinação! Kyojaku é o nome do projeto que iniciou-se no ano de 2008 e até o momento, onde pude meia-bocamente pesquisar, Kokou No Gadan é o seu primeiro e único álbum de estúdio. Esse trabalho nos traz canções que desfilam os melhores elementos tradicionais de um bom post-rock, aliados ao malabarismo técnico e contemplativo do jazz japonês de piano. Música deliciosamente instrumental perfilando sonoridade introspectiva e introvertida, todavia, também nos apresentando momentos de excelsa elevação expansionista de abraços macrocósmicos. As composições têm um caráter muito simples que mesmo com certa timidez ainda ousam desdobrarem-se em dedilhados virtuosos e transcendentes. Todo o trabalho é carregado de lirismo e melodias voláteis; é etéreo e anestesiante; é delicado sem deixar de apresentar a força do rock. É uma pena que de 2012 para cá não tenhamos mais nenhum álbum delas para degustarmos.

Kyojaku - (2012) Kokou No Gadan:

01 Tetsugakusha No Ronpa
02 Egoist
03 Cosmonaut
04 Terra
05 Moumaku Ni Okeru Chushoga
06 Nennen
07 Saying His Prayers
08 Nil (Piano Version)
09 Affection

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Aprecie a contemplação introspectiva (faixa Egoist):



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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Té - (2010) 敢えて、理解を望み縺れ尽く音声や文字の枠外での「約束」を。


Depois que eu descobri a modalidade do rock instrumental, tive a impressão de que todo o rock alternativo deveria ser sempre assim. Me parece que este gênero quando tocado desse modo acaba por ser muito mais expressivo e eloquente do que quando acompanhado de berros e vociferações iradas. Claro, nada disso do que falei é uma regra absoluta, e também não prego a extinção do exercício de muitos maravilhosos vocalistas. Agora, ao escutarmos coisas como a banda japonesa de post-rock , ficamos tentados a dispensar qualquer proposta de vocais em suas músicas. Tudo na musicalidade dela soa integralmente bem casado, bem combinado e completo. Elementos flutuantes e aéreos mesclam-se com naturalidade a sons fortes e dançantes, contemplativos e joviais. 敢えて、理解を望み縺れ尽く音声や文字の枠外での「約束」を。é um nome comprido que não entendo bulhufas nenhuma e é o título do seu quarto álbum de estúdio. Nem o Google tradutor me ajudou a descobrir o significado do nome do disco e das músicas. Esse é mais um trabalho que apresenta tudo o que admiro e aprecio num bom rock moderno.

Té - (2010) 敢えて、理解を望み縺れ尽く音声や文字の枠外での「約束」を。:

01 決断は無限の扉を開くのでは無く無限の誤謬に『終止符』を打つ。
02 天涯万里、必然を起こすは人に在り、偶然を成すは『天』に在り。
03 秤を伴わない剣は暴走を、剣を伴わない秤は『無力』を意味する。
04 夜光の珠も闇に置けば光彩を放つが白日に曝せば『魅力』を失う。
05 勝望美景を愛し、酒食音律の享楽を添え、画に写し『世』に喩え。
06 性は危険と遊戯を、つまり異性を最も危険な『玩具』として欲す。
07 人々が個を偉人と称する時が来れば彼は既に『傀儡』へと変わる。
08 闇に残る遅咲きは、艶やかな初花より愛らしく『夢』と共になり。
09 逆さまにゆかぬ年月、幸福に最も近い消耗がまた『明日』も来る。
10 自由と孤立と己とに充ちた現代に生きた犠牲として訪れる『未来』
11 瞼の裏に夜明けの眠りが、閉じた瞳と思い出に『目覚め』を求む。
12 『参弐零参壱壱壱弐伍壱九参壱伍九伍弐壱七伍伍伍四壱四壱六四』

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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Toconoma - (2017) Newtown


É inacreditável o como essas bandas japonesas de música instrumental não param de fazer música boa. Fico surpreendido a cada nova descoberta de bandas similares do gênero. O que quase todas elas têm em comum é o seu gosto por rock e jazz, e em na maioria delas esses dois gêneros geralmente casam-se com total maestria. Uma outra coisa que sempre está presente é a sua ardente paixão por pianos e teclados. Esses são instrumentos que nas mãos nipônicas operam milagres estéticos de alto refinamento e sofisticação. Toconoma é mais uma dessas bandas que já numa primeira faixa de seu disco, nos conquista com amor e êxtase sublime. Seus integrantes são: Ryutaro Nishikawa no teclado e efeitos eletrônicos, Ray Yako no baixo, Ikuya Shimizu na batera, e Kotaro Ishibashi na guitarra. Em Newtown, seu terceiro álbum, essa rapaziada nos traz um som que expira leveza e sublimidade, lirismo melódico e técnica performática, jovialidade inocente e maturidade profissional, tudo belo e em sutis minimalismos oníricos. Um disco gostoso para se ouvir em passeios noturnos nos fins de semana pelas avenidas das grandes cidades.

Toconoma - (2017) Newtown:

01 N°9
02 Sunny
03 Anchor
04 L S L
05 Cicada
06 Underwarp
07 Cinema Sunset
08 Bottomend
09 Orbit
10 Evita

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sábado, 25 de agosto de 2018

Rega - (2009) Million


Rega é uma banda japonesa de math-rock de quatro integrantes: o guitarrista Ryuji Ide, o baixista Akinobu Aoki, o baterista Takafumi Miyake e o guitarrista Akira Yotsumoto. Eles nasceram e cresceram em Ehime, uma parte do sudoeste do Japão, e eles continuam suas atividades agora em Tóquio. Sua música é criada a partir de fusões de post-rock, groove progressivo, jazz, techno, breakbeats, eletrônica, e sempre buscando por mais experimentos. Apesar de suas canções serem compostas de forma simples, precisa e cuidadosa, elas fundem o calor humano com a melodia agradável. Sua performance ao vivo, que expressa o ímpeto de suas emoções, é esmagadora. Em novembro de 2007, sua primeira demo atingiu o número 1 em um gráfico de vendas do indiemusic.com, um portal japonês de música independente. Eles lançaram um single exclusivamente em 19 lojas da Tower Records em junho de 2008 e no mês seguinte seu primeiro mini álbum RONDORINA foi lançado pela JVC Victor Entertainment, Inc. Seu primeiro álbum, Million, lançado em 8 de abril de 2009, alcançou o número 1 na parada de álbuns do iTunes Japan.

Rega - (2009) Million:

01 Endoor
02 VIP
03 Q
04 Tonycony
05 Sunship
06 DOSEI
07 Neon
08 Pingpong
09 WAX
10 DDD
11 Bus

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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Tokyo Ska Paradise Orchestra - (1998) Arkestra


Uma das bandas mais inusitadas do ska mundial está de volta ao Santería. Os japoneses do Tokyo Ska Paradise Orchestra não decepcionam nunca. Ainda não escutei todos os discos dessa rapaziada, mas não duvido de que todos eles sejam excelentes; pelo menos, os que ouvi até o momento, são todos maravilhosos. Eis uma daquelas raras bandas que incrivelmente só conseguem fazer discos bons; fica até difícil ter um só como favorito. Se não me engano, Arkestra é o oitavo álbum de sua longa discografia. Mais uma bolacha com pegada quente, transpirando força arrebatadora e poderosa desenvoltura técnica. Tokyo Ska Paradise Orchestra não é uma banda tradicional de ska; sua música é repleta de experimentalismos malucos que às vezes parecem exagerados, mas que na real acabam a caracterizando excentricamente com grande destaque. Além do ska, somos levados numa viagem que passa por um jazz brutal, um reggae simpático, e de vez em quando um suave punk hardcore. É muito provável que Arkestra também prenderá sua atenção até o fim. Siga o fluxo e sinta a pegadis!

Tokyo Ska Paradise Orchestra - (1998) Arkestra:

01 Ring O' Fire
02 Blue Mountain
03 The Pirates
04 Let's Go Out
05 Wagamama Kattena Message
06 Aiga Arukai
07 Abracadabra
08 Uradouri No Futari
09 Funade No Machi
10 Hikari
11 Dear My Sister
12 One Night

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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

T-Square - (2017) Rebirth


"T-Square é uma banda de jazz fusion japonesa formada em 1976. Ficou famosa no final dos anos 70 e mais ainda nos anos 80, junto de outras bandas japonesas do gênero, como Casiopea. Sua lineup mais famosa possui os membros de 1986 a 1990: Masahiro Andoh (guitarra), Takeshi Itoh (saxofone, flauta e EWI), Hirotaka Izumi (piano e teclado), Mitsuru Sutoh (baixo) e Hiroyuke Noritake (bateria). São famosos por músicas como 'Truth', 'Takarajima', 'Omens Of Love', 'Japanese Soul Brothers', entre outras. Desde 1989, a música 'Truth' é usada como tema da Fórmula 1 da Fuji Television do Japão, incluindo remixes e outras versões da mesma" - Wikipedia. Rebirth é quadragésimo-segundo álbum da banda. Haja longevidade artística! Coisa raríssima hoje em dia. Esse trabalho traz nove belas faixas de excelente bom gosto. Tudo tocado com profissionalismo, técnica certeira e a experiência de anos de estrada. As caprichadas composições trazem ares de renovação e renascimento a musicalidade da banda. A produção é impecável e extremamente bem polida, bem clara e exuberante. Discão!

T-Square - (2017) Rebirth:

01 Rebirth
02 Kanata E
03 Splash Brothers
04 Little Violet
05 Nothing I Can Say
06 Season Of Gold
07 Trip!
08 Drops Of Happiness
09 Change By Change

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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Hyakkei - (2006) Standing Still In A Moving Scene


Temos aqui um grupo instrumental formado em 2003, Osaka, Japão, consistindo apenas de baixo, bateria e guitarra. Hyakkei em japonês significa literalmente "centenas de paisagens". E quando você ouve as músicas de Hyakkei, você entende perfeitamente porque Hyakkei é um nome apropriado para um grupo sensacional, cujos sons trarão pinturas astrais de muitas paragens contemplativas para todos os seus ouvintes. Standing Still In A Moving Scene é o primeiro álbum do grupo. Tudo se desenvolve num post-rock super esvoaçante e rarefeito, com singelos dedilhados policromáticos e languidos movimentos preguiçosos. Muitos movimentos melancólicos e introspectivos que desenham em nossas mentes múltiplas paisagens bucólicas de gostosos passeios de carro em estradas interioranas. Esse é um trabalho para você deitar na grama dum parque e ficar curtindo uma viagem introvertida ao mesmo tempo em que fica brisando no fluir das nuvens no céu. O disco é bem minimalista e despojado, não se arrisca em virtuoses instrumentais muito sofisticadas, mas manda bem fazendo o máximo com o mínimo.  

Hyakkei - (2006) Standing Still In A Moving Scene:

01 Kagefumi
02 Birds
03 Effect
04 Hunting
05 Prairie
06 Cause
07 Maple
08 7x7
09 Coffee And Pudding
10 Steam
11 -2°C
12 Elements

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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Fox Capture Plan - (2017) FRAGILE


Mais uma bolachinha saborosa vinda diretamente da terra do sol nascente. Jazz! Sim, mais uma e muitas vezes, jazz! Você gostou do Mouse On The Keys? Eu sei que gostou, por isso, com certeza também saboreará entusiasticamente o trio Fox Capture Plan. Uma batera, um cello, um teclado, e o pau come solto. Muita simplicidade e beleza, acabamento refinadíssimo, produção fodásticaFRAGILE é o quinto álbum deste power trio jazzístico. É um disco suave e elegante com diversos momentos de êxtase contemplativo; há delicadeza lírica intercalada com grooves recheados e encorpados, há ascensão melódica digressiva em virtuosos solos tecladísticos, e há uma paz de espírito que preenche o ambiente com sonoridade angélica. Temos uma trilha sonora para momentos relax, acompanhado de um bom vinho, ou de uma breja mesmo! Mas, como sei que hoje é terça-feira (e provavelmente você já deve estar pensando na sexta), não tem vinho nem breja, então, fiquemos só com o momento relax a nos dar força para o restante da semana. Sonzeira devidamente garantida. Até mais!

Fox Capture Plan - (2017) FRAGILE:

01 FRAGILE #1
02 FRAGILE #2
03 エイジアン・ダンサー
04 The Gift
05 Bouncing Walk
06 Brianstorm
07 Prospect Park
08 Terminal 2
09 Possibillity
10 Aerial

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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Mouse On The Keys - (2018) Tres


Eles voltaram! Mouse On The Keys, o trio japonês que bota pra f#d%r com apenas uma batera e dois teclados. Mas, neste terceiro álbum de estúdio intitulado Tres, sentimos o desdobrar estético de uma morosidade complacente e depressiva, um encadeamento minimalista simplificado e soturno, um experimentalismo que perambula por ambiências em vista da contemplação. Fluindo por caminhos incertos, e contudo, sem perder os seus elementos principais característicos, Mouse On The Keys apresenta-nos um disco sincero, honesto e sem qualquer preocupação ostensiva. Vai brincando com ruídos, compondo texturas estranhas e fugazes que por um instante ou outro embrenham-se em digressões melódicas mais singelas e sóbrias. Traz uma mistura com alguns efeitos eletrônicos, e aquela violência de viradas quebradas e inesperadas, dá lugar à vociferações ascensionais e combinações estruturais cautelosas. Bastante introspectivo, modesto e esvoaçante; um disco para ouvir deitado na grama enquanto se contempla as nuvens passarem. É um belo trabalho com seus devidos méritos.

Mouse On The Keys - (2018) Tres:

01 Clarity
02 One Hundred Twenty
03 Stars Down
04 Time
05 Phases
06 Pulse
07 Golconda
08 The Prophecy (Tres Version)
09 Dark Lights (Tres Version)
10 Shapeless Man

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domingo, 19 de agosto de 2018

Indigo Jam Unit - (2006) 2X2


Todo dia de domingo para aqueles que levam uma vida de ferrenhas labutas semanais em nome da sobrevivência, o que mais desejam depois de um descanso matinal e um almoço caprichado por volta do meio-dia, é uma suave fluência vespertina morosa e gostosa, recarregadora de bateria para a próxima semana de escravidão, ops... trabalho. Bem, se você é um dos que têm a oportunidade de aproveitar tranquilamente sua tarde de domingo, deixarei uma ótima recomendação de trilha sonora para seu relaxamento e tranquilização. Retornamos aqui no blog com mais uma pérola da terra do sol nascente, a banda japonesa de jazz contemporâneo Indigo Jam Unit; espere e ainda verá muitas outras preciosidades dessas em futuras postagens. 2X2 é o segundo disco deles, e como me referi também ao comentar sobre seus compatriotas do Quasimode, os caras só possuem trabalhos FULLdidos que devem muito ser ouvidos antes de se desencarnar. Sobre o álbum: virtuosismo jazzístico cheio de técnicas e habilidades instrumentais bem polidas, lindo acabamento de gravação e produção. Boa semana!

Indigo Jam Unit - (2006) 2X2:

01 Sakura
02 Car Chase
03 Ibuki
04 Charlie
05 Alert
06 Gekko
07 Spin A Top
08 2X2
09 5Am

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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

J.A.M. - (2017) Silent Notes


J.A.M. é um power trio jazzístico japonês cujos integrantes fazem parte também do espetacular grupo Soil & "Pimp" Sessions. Este é um projeto paralelo dessa rapaziada. E se você ouviu e curtiu o disco do Soil & "Pimp" Sessions postado anteriormente, já dá para imaginar o que está por vir nesta bolachinha aqui. Coisa fina, logicamente. Mais um disco recheado de passagens exuberantes e lindíssimas, mas com um pegada e proposta um pouco diferente do Soil & "Pimp" Sessions. Enquanto naquele temos um jazz nervosão esbanjando experimentalismos pesados, neste projeto temos o desfilar sublime de uma sonoridade mais amena e flutuante, dando especial atenção e um tratamento polido à lances melódicos mais suaves e ambientais. Há uma predominância de fluxos do piano, o responsável pelas principais arquitetações melódicas do álbum; a batera, mesmo em meio a uma sonoridade mais requintada, tem mão firme e senta o braço em marcações deliciosamente bem cravadas; e o baixão, gordo, encorpado, robusto e forte a solidificar a massa e gostosura da música. Silent Notes é o terceiro disco deste projeto.

J.A.M. - (2017) Silent Notes

01 Manchester
02 Dancer On The Black Keys
03 Alternative War
04 Book Of Love (Feat. L.D. Brown)
05 Bell
06 Apple's Waltz
07 Transitory
08 Serendipity
09 Foundation
10 Totally Disorder
11 Alone (Feat. Jin Oki)

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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Jizue - (2014) Shiori


Shiori é o terceiro álbum de estúdio da excelentíssima banda japonesa de jazz experimental, Jizue. Um disco cristalino, brilhante e lucigênito; é assim que o descrevo, pois as imagens evocadas de suas mirabolantes melodias virtuosísticas e constantes miríades de dedilhamentos técnicos, espalham pelo ar as mais puras ambientações celestiais e angelicais. O trabalho dessa rapaziada mescla as flutuações atmosféricas e introspectivas do post-rock com as sutilezas, refinamento estético e sofisticações do jazz. É muito difícil não se sentir de alguma forma mais elevado emocionalmente depois de uma viagem pelas ascensionais espirais dos discos desses camaradas. Música que sabe respeitar um dos elementos mais desprezados no atual momento da música popular: o silêncio. Música que respeita o silêncio; isso não é contraditório. Jizue é daquelas bandas que sabiamente emula os efeitos certos para pacificar a mente e acalentar a alma, transmitindo sensações contemplativas e extáticas. Imagens límpidas de um céu aberto e infinito combinam-se com uma dança de fluxos aéreos e sutis. Cura a alma!

Jizue - (2014) Shiori:

01 Intro
02 Bullet Bull
03 Photograph (Feat. Ikkyu Nakajima)
04 Shiori
05 March Of Monkey
06 Shinkuro (Feat. Shing02)
07 Fauve
08 Wind
09 Blessing

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Sublimidades esvoaçantes:



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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Soil & "Pimp" Sessions - (2004) Pimpin'


Soil & "Pimp" Sessions é uma banda japonesa de jazz explosivo, composta pelos músicos: Shacho, Tabu Zombie, Josei, Akita Goldman e MidorinSoil & "Pimp" Sessions combina a mais alta musicalidade com uma atmosfera descolada e agressiva. Seu  jazz é rude, pesado e violento, mas sem perder a sofisticação e beleza; está numa constante tensão de ponto de ebulição. Eles originalmente se conheceram em um evento dum clube em Tóquio em 2001. A cena do clube foi dominada por DJs até que Soil & "Pimp" Sessions chegaram reformulando o molde com intensa força performática. Chamando a música deles de "death jazz", eles ganharam reconhecimento por apresentarem uma forma original de jazz alternativo agressivo. Não demorou muito para que se tornassem uma das bandas favoritas mais novas do Japão e dos principais festivais, incluindo o Fuji Rock. Seu avanço internacional veio quando Gilles Peterson, o renomado DJ britânico, os apresentou em seu programa WorldWide, da Radio 1Pimpin' é o seu primeiro álbum, e nele já podemos ouvir claramente a marca que caracteriza a banda até hoje.

Soil & "Pimp" Sessions - (2004) Pimpin':

01 Intro
02 Fuller Love
03 Wives And Lovers
04 Harbor
05 First Lady
06 Pimpnosis
07 Mature
08 Jdf
09 16 Blues
10 Carnaval
11 Satsuriku No Teema

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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Quasimode - (2009) Daybreak


Comecemos o mês de agosto anunciando mais uma paulada nipônica de alto grau! O quarto excelentíssimo disco do grupo japonês de jazz, Quasimode, Daybreak, segue a mesma linha de qualidade de praticamente tudo o que esses camaradas já produziram ou produzirão; acho que dificilmente um dia farão algo ruim, e digo isso por confiar na técnica que eles esbanjam com naturalidade e maestria. Toda a discografia deles vale a pena ser ouvida. Não passe essa encarnação sem conhecer esse tesouro agregador de valor para a sua alma. Aquele piano maroto, super refinado e de bom gosto, dedilhando notas progressivas-digressivas e criando uma base firme e consistente para voos sensacionais; aquela percussão na medida certa recheando os espaços das canções com experimentalismos tropicais; aquele baixão cello encorpado dando vigor e massa ao conjunto; batera de mestre; e os metais... quanta alegria, quanta viagem, quanta sobriedade e virtuosidade. Delicadeza e magia, força e elegância, beleza universal! Trabalho que me faz ainda ter esperança no ser humano. Deguste!

Quasimode - (2009) Daybreak:

01 All Is One
02 Daybreak
03 Happy Few
04 Escape From Darkness
05 Relight My Fire
06 Havana Brown
07 Take Me Out
08 Feelin' Of Four
09 Nation Hill
10 Rules Of The Blood
11 Afro Blue
12 Jellyfish

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