terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Thank You Scientist - (2016) Stranger Heads Prevail


No último dia do ano, uma última postagem bem especial para você, caro leitor santérico. O derradeiro disco é uma descoberta que muito me impressionou já há um tempo. Stranger Heads Prevail é o espetacular segundo trabalho dos estadunidenses do Thank You Scientist. Extrapolando os limites mais ou menos genéricos do rock progressivo, estes camaradas usam e abusam do experimentalismo e trazem uma sonoridade ímpar que acrescenta miríades de temperos virtuosísticos muito bem escolhidos e colocados no seu caldeirão alquímico sonoro. Desde pegadas fortes e furiosas do metal até as sofisticações elegantes e técnicas do jazz. Eis uma já antiga fusão bombástica que dá muito certo e que aqui assume novas combinações junto à malabarismos espiralados e circenses. A banda possui sete integrantes, incluindo instrumentistas não tão comuns neste gênero: trompete, saxofone, cítara e violino elétrico. É evidente a paixão que carrega e energiza o disco; e tudo executado com primazia e requinte estético. Um trabalho bonitão para fechar esse ciclo. E na medida do possível, tenha um feliz ano novo!

Thank You Scientist - (2016) Stranger Heads Prevail:

01 Prologue: A Faint Applause...
02 The Somnambulist
03 Caverns
04 Mr. Invisible
05 A Wolf In Cheap Clothing
06 Blue Automatic
07 Need More Input
08 Rube Goldberg Variations
09 Psychopomp
10 The Amateur Arsonist's Handbook
11 ...Epilogue: And The Clever Depart

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

The Gourishankar - (2015) The World Unreal


O segundo disco dos russos do The Gourishankar2nd Hands, que eu postei por aqui há um tempinho atrás, me impressionou bastante e fiquei pensando nele um tempão. Um rock progressivo diferentão e cheio de beleza; bem feito e com passagens impressionantes que davam aquele gostinho de "quero mais". Já o seu terceiro álbum intitulado The World Unreal, vira tudo de ponta cabeça e nos oferece uma proposta arriscada e completamente diferente da de antes. Não sei o porque as bandas quando querem dar uma experimentada, sempre caem no feitiço da música eletrônica. Em The World Unreal essa tentação experimental ainda flerta com ligeiros maneirismos pop que soam meio esquisitos e clichês em comparação ao que se ouve em 2nd HandsThe World Unreal buscou um caminho mais futurista e industrial para fugir dos lugares comuns que o estilo da banda teria a oferecer; para mim fugiu muito do que eu esperava ouvir, mas ainda assim é um disco interessante. Em alguns momentos chega a me lembrar brisas nostálgicas dum new wave oitentista; algo que achei bem  interessante. Confira aí!

The Gourishankar - (2015) The World Unreal:

01 Intro - Fate
02 Order And Chaos
03 First Rush
04 Let It Go
05 Place For Everything
06 Heartland
07 Truth Stays Silent
08 World Unreal
09 Time Follows
10 Pleasure And Suffering - Part 1
12 Pleasure And Suffering - Part 2

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domingo, 29 de dezembro de 2019

The Butterfly Effect - (2003) Begins Here


Mais uma banda australiana para deixar este blog ainda mais lindo e maravilhoso. The Butterfly Effect é nome da empreitada. Os camaradas aqui fazem um som na linha progressiva alternativa meio Tool, meio Karnivool, meio Deftones, com melodia e melancolia, com peso e passagens viajantes e flutuantes. Begins Here é o primeiro álbum do projeto. Com uma alta dosagem de rock alternativo que se mescla singelamente com elementos do progressivo, o disco desenvolve-se sem pressa, numa aura ascendente, trazendo efeitos ambientais e expansivos em riffs cheios de simples progressões crescentes e melodias espaçosas. O trabalho guarda um ar tristonho e nostálgico, e um groove parafraseador de balanços dançantes que em certos momentos nos lembra o saudoso new metal. O disco é daqueles que conseguem desenhar paisagens oníricas em nossas mentes enquanto o escutamos; tipo passeios de carro numa bela estrada costeira. Se você estiver à toa e sem muito o que fazer num Domingo a noite silencioso e triste, esta bolacha pode ser uma ótima companheira junto com uma boa cerveja.

The Butterfly Effect - (2003) Begins Here:

01 Intro
02 Perception Twin
03 Consequence
04 One Second Of Insanity
05 Crave
06 Beautiful Mine
07 Filling Silence - Intro
08 Filling Silence
09 Always
10 Without Wings
11 Overwhelmed
12 A.D.
13 Outro

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sábado, 28 de dezembro de 2019

Karnivool - (2009) Sound Awake


Karnivool é uma banda australiana super bacana com uma sonzeira do cacete, que enquanto o Tool enrolava para lançar o seu novo disco meio brocha Fear Inoculum, estava matando minha imensa saudade dum rock progressivo mais alternativo e descolado. Com temáticas subliminares espiritualistas-místicas na letras, cantos melódicos cheios de melancolia e lirismo num estilo depressivo ascensional que gosto muito, e com um instrumental ambiental, pesado e contemplativo ao mesmo tempo, temos todos os elementos compositivos que fazem a alquimia estética desta belezura que é o seu segundo álbum intitulado Sound AwakeSimple Boy abre a bolacha com uma introdução que vai chegando de mansinho com um baixão encorpado e toma proporções mais flutuantes e abrangentes. Goliath mantém o álbum sempre subindo. Lá no meio do disco estrategicamente temos a inebriante e misteriosa All I Know para nos recuperar o fôlego do excesso de altitude. Deadman e Change fecham o trabalho com duas épicas viagens de mais de dez minutos cada uma. Então, curte aí antes de acabar o ano!

Karnivool - (2009) Sound Awake:

01 Simple Boy
02 Goliath
03 New Day
04 Set Fire To The Hive
05 Umbra
06 All I Know
07 The Medicine Wears Off
08 The Caudal Lure
09 Illumine
10 Deadman
11 Change

Deguste um fluxo (faixa All I Know):



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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Tool - (2019) Fear Inoculum


Depois de muita, muita, muita e muita espera, finalmente em Agosto deste ano, o Tool, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, lançou o seu muitíssimo aguardado novo disco de estúdio com músicas inéditas não tão ineditais. Para mim, a decepção auditiva foi tão grande quanto a espera desta bolacha. Veja bem, o disco não é ruim, mas também não é um Aenima, um Lateralus, ou mesmo um 10.000 DaysFear Inoculum é o quinto disco deles. A impressão que esse trabalho me deu foi a de que pegaram as sobras de vinhetas dos discos anteriores e as lançaram como inéditas neste. Há somente duas faixas que considero devidamente músicas: Fear Inoculum7empest (não por acaso, os singles do álbum). Nem a capa do disco do talentoso e criativo Alex Grey teve lá muita inspiração. Esperávamos também um vídeo-clipe monumental de algum dos singles, e até agora nada! Proposta estranha; meio contemplativo, ambiental e meditativo, mas sem nenhum grande arrebatamento como o de uma Parabola. Eu até gostei do disco, mas vou torcer para que os músicos sejam menos preguiçosos na próxima tentativa.

Tool - (2019) Fear Inoculum:

01 Fear Inoculum
02 Pneuma
03 Litanie Contre La Peur
04 Invincible
05 Legion Inoculant
06 Descending
07 Culling Voices
08 Chocolate Chip Trip
09 7empest
10 Mockingbeat

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Beardfish - (2011) Mammoth


Via Nocturna: "[...] Beardfish criada por Sjöblom e Zackrisson, e com cinco álbuns aclamados pela crítica, [...] está de regresso com um disco muito adequadamente intitulado de Mammoth. [...] As referências são as melhores e quase sempre seventies: King Crimson, Gentle Giant, Camel. E no conjunto de sete temas há tempo para se explorarem desde os riffs tipicamente hard rock, em The Plattform, até momentos verdadeiramente épicos, como em And The Stone Said: If I Could Sleep, onde a presença do saxofone atinge proporções mágicas. Pelo meio, tempo ainda para um pop beatleano, em Tightrope, para uma demonstração da destreza técnica de Rikard Sjöblom no piano em Outside/Inside, para o rock de Green Waves ou para o jazz de Akakabotu. O final faz-se com a brilhante Without Saying Anything, que, na sua forma, se apresenta quase como uma mistura de duas canções, tal a diversidade evolutiva apresentada. Por tudo isto, este Mammoth é um trabalho de eleição que merece ser explorado e sentido em cada um dos seus pormenores. Verdadeiramente delicioso".

Beardfish - (2011) Mammoth:

01 The Platform
02 And The Stone Said- If I Could Speak
03 Tightrope
04 Green Waves
05 Outside - Inside
06 Akakabotu
07 Without Saying Anything (Feat. Ventriloquist)

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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Haken - (2013) The Mountain


Collectors Room: "Em uma época em que o metal progressivo havia atingido o ápice da megalomania técnica e saturação, quando bandas surgiam às torrentes, simplesmente imitando as mesmas fórmulas teatrais e praticamente enterrando o real significado do estilo, o sexteto inglês Haken surgiu como um dos poucos sopros de vida realmente notáveis dos últimos anos. [...] The Mountain é o seu terceiro álbum de estúdio, produzido em conjunto com Jens Bogren e marcando a estreia da banda pelo selo InsideOut Music. [...] A maneira como o conceito se desenvolve ao longo da escalada de The Mountain mostra um Haken engajado em definitivamente criar uma experiência imersiva em nível muito maior do que nos seus álbuns anteriores [...]. Mais dinâmicos e menos obcecados em soarem técnicos ou exibicionistas, as composições no novo trabalho atingem nível de maturidade diferente, focando na elaboração e no fluxo natural de uma história e na utilização de suas influências para agregar ainda mais detalhes à música, que funciona sistematicamente no decorrer do disco [...]" - Simplesmente é um discaço da porr@!

Haken - (2013) The Mountain:

01 The Path
02 Atlas Stone
03 Cockroach King
04 In Memoriam
05 Because It's There
06 Falling Back To Earth
07 As Death Embraces
08 Pareidolia
09 Somebody
10 The Path Unbeaten (Bonus Track)
11 Nobody (Bonus Track)

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Porcupine Tree - (2005) Deadwing


Whiplash: "'Deadwing', [...] mostra a banda cada vez mais apostando no peso de suas composições. A faixa-título que abre o CD é uma prova disso. Na segunda, intitulada 'Shallow', a banda apresenta uma das músicas mais pesadas da carreira. Gavin Harrison faz um excelente trabalho com as baquetas, enquanto Wilson demonstra a habilidade de sempre na criação das linhas vocais. 'Lazarus' e 'Halo' já remetem ao que o Porcupine Tree está acostumado a fazer [...]: aquela mistura de prog rock/metal mesclado com doses de rock psicodélico, 'ambient' e alternativo. A próxima faixa, 'Arriving Somewhere But Not Here', já nasceu clássica. [...] As letras mostram Wilson inspirado, lançando mão da usual melancolia lírica, mas sem cair naquela tristeza exagerada que algumas bandas insistem hoje em dia. Tudo muito bem dosado. Como uma boa 'clássica progressiva', a faixa abusa das diferentes mudanças de andamento, teclados muito bem aplicados [...] e um excelente trabalho de guitarra feito por Mr. Wilson. [...] O CD fecha com 'Glass Arm Shattering', que é tipicamente 'Pink Floydiana', da época do The Wall. [...]" - Mó viagem!

Porcupine Tree - (2005) Deadwing:

01 Deadwing
02 Shallow
03 Lazarus
04 Halo
05 Arriving Somewhere But Not Here
06 Mellotron Scratch
07 Open Car
08 The Start Of Something Beautiful
09 Glass Arm Shattering
10 Shesmovedon (Bonus Track)

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sábado, 21 de dezembro de 2019

Nova Collective - (2017) The Further Side


Whiplash: "A partir de meados de 2014, membros do Between The Buried And Me, Haken e Trioscapes (três dos maiores grupos de metal progressivo/jazz fusion da atualidade) começaram a escrever música juntos. São eles: Richard Henshall (guitarrista e tecladista do Haken e do To-Mera), Dan Briggs (baixista do Between The Buried And Me e do Trioscapes), Pete Jones (ex-tecladista do Haken) e Matt Lynch (baterista do Trioscapes e do Cynic). O resultado da cozinha começou a ser revelado aos poucos no ano passado, culminando no lançamento de The Further Side, álbum de estreia do quarteto instrumental. [...] The Further Side traz apenas seis faixas. Uma batida de olho e você pode supor que ao menos uma delas é um trabalho super épico, mas na verdade nenhuma delas bate os dez minutos. Temos um total de menos de 50 minutos de música, algo não muito comum para trabalhos do gênero. [...] Misturados ao rock e ao pouco heavy metal, temos bastante jazz e música clássica, na forma, respectivamente, de passagens intrincadas e complexas e frases acústicas polidas. [...]" - Nova Collective é nome dessa empreitada supimpa!

Nova Collective - (2017) The Further Side:

01 Dancing Machines
02 Cascades
03 Air
04 State Of Flux
05 Ripped Apart And Reassembled
06 The Further Side

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Um pouco da pegada ao vivo (faixa Dancing Machines):



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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Special Providence - (2007) Space Café


Eis mais uma vez por estas bandas o quarteto instrumental Special Providence. Sua música está na encruzilhada do jazz e do rock progressivo, além da eletrônica, temperada com nuances metaleiras moderadamente picantes. A partir de 2004, o Special Providence rapidamente ganhou credibilidade no experimento de rock virtuosístico. Eles foram aplaudidos pelos espectadores de festivais na Europa continental, nas ilhas britânicas e escandinavas, e na América do Norte e do SulSpace Café, a primeira bolacha do grupo, traz um tempero delicioso para uma empreitada de sucesso. Estamos num território selvagem, ao qual apenas um temerário raro se arrisca a pisar. Particularmente, já virei fã da banda. Técnica performática de alta qualidade; composições sofisticadas com beleza e requinte; e lirismo melódico casado com virtuosismo roqueiro e maneirismos jazzísticos. Sumarizando: uma aventura sonora fascinante, empreendida por músicos inteligentes. Recomendo a uma ampla gama de amantes da música como uma ferramenta patenteada para o prazer estético.

Special Providence - (2007) Space Café:

01 Space Café
02 After The Rain
03 Mosquito
04 Momsterdam Airplane
05 Childhood
06 End Of Childhood
07 BBB
08 Lava
09 Little Mouse
10 Falling Angels

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