Floa é uma palavra nórdica que significa 'dilúvio' ou 'fluxo'. Este é o segundo disco do trio britânico de nu-jazz, Mammal Hands. Se você quisesse resumir o som de Mammal Hands, você poderia fazer simplesmente abrir a faixa Quiet Fire desse álbum e pronto. Até mesmo o título sugere as tensões e emoções absorvidas pela maneira como o piano constrói um fluxo minimalista combinado com uma leve percussão e um delicioso ritmo estabelecido pela bateria. A música muda com o piano liderando o ritmo até que a tensão seja liberada pelo solo de saxofone. Os padrões estéticos são mínimos, repetitivos e extremamente eficazes em combinação, apontando para uma preocupação mais moderna com a textura que tem alguns paralelos na música moderna clássica, eletrônica e ambiente. A ausência do baixo traz mais diretamente a clareza desses experimentos executados com muito sucesso. Este é um álbum cujos pontos fortes se acumulam durante todo o período de audição. É o tipo de registro em que palavras como 'elevação' e 'contemplação' dão coloridos especiais a uma performance musical de grande maturidade.
Mammal Hands - (2016) Floa:
01 Quiet Fire
02 Hillum
03 Hourglass
04 Think Anything
05 In The Treetops
06 The Eyes That Saw The Mountain
07 Kudu
08 The Falling Dream
09 Shift
Deguste um fluxo:
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