Eis o tipo de música que mais gosto ultimamente. De preferência instrumental, criativa, eclética e abstrata. Chapada de virtuosismo técnico, experimentalista com digressões progressivas e matemáticas. Ambiental, contemplativa, plástica sem compromissos explícitos e rigorosos com um determinado estilo. Enfim, música livre. Nesse caso, muito se pode ser dito da musicalidade do Mutiny On The Bounty, banda de math-rock de Luxemburgo. As características ditas acima cabem todas aqui, e assim é a descrição exata do som da banda. Digital Tropics é o terceiro álbum do grupo e nele encontramos uma variedade excepcional de combinações melódicas e experimentos sóbrios. O disco tem uma unidade estética bem esclarecida; as bases mantêm-se sempre bem coerentes e coesas seguindo uma estrutura que dá um ar mais ou menos conceitual e um possível diálogo interfaixas. Contém músicas firmes, fortes, bem agitadas que também não perdem o seu lado reflexivo introspectivo. Temos aqui um disco de rock futurístico que conseguiu fazer um excelente casamento entre sobriedade e experimentalismo contemporâneo.
Mutiny On The Bounty - (2015) Digital Tropics:
01 Telekinesis
02 Countach
03 Dance Automaton Dance
04 Ice Ice Iceland
05 Mkl Jksn
06 Strobocop
07 Fin De Siècle
08 Ballet Mécanique
09 Ecliptic
10 Sonars
Deguste um fluxo:
Ensaio ligeiro no Small Pond Session (faixa Mkl Jksn):
Visite a página do artista: Mutiny On The Bounty
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