quarta-feira, 31 de julho de 2019

Textures - (2008) Silhouettes


Mais um disco da minha lista de chapuletadas apaixonantes para a vida toda. Vamos fechar o mês com mais esta gostosura do rock pauleira mundial. Textures é uma banda holandesa de technical progressive metal (pelo menos é assim que eu a rotulo). Silhouettes é o terceiro e melhor álbum da banda. Nesse trabalho ainda tínhamos nos vocais a magnífica interpretação de Eric Kalsbeek. Depois ele foi substituído por Daniël De Jongh que também contribuiu com excelentes performances nos álbuns posteriores. Em Silhouettes a banda encontrou a fórmula estética perfeita que seria reproduzida dali em diante. Toda banda tem um álbum que funciona mais ou menos assim: é o ápice de sua maturidade criativa que acaba definindo sua personalidade artística. Temos aqui um disco belo e pesadão; com melodias agradáveis e contemplativas; com equilíbrio simétrico entre passagens agressivas e flutuações melodiosas; objetivo, claro e sintético em seus efeitos estilísticos. Performances vocais e instrumentais dinâmicas compõem as linhas de texturas que se encontram virtuosas. Apenas nove faixas e é um discaço da porra!

Textures - (2008) Silhouettes:

01 Old Days Born Anew
02 The Sun's Architect
03 Awake
04 Laments Of An Icarus
05 One Eye For A Thousand
06 State Of Disobedience
07 Storm Warning
08 Messengers
09 To Erase A Lifetime

Deguste o fluxo:



Desperte! (faixa Awake):



Visite a página do artista: Textures

terça-feira, 30 de julho de 2019

V.A. - (1993) Judgment Night - Music Soundtracks


Os nostálgicos anos 90 nos proporcionou um excelente disco de crossover entre bandas do metal e rock alternativo juntinhas com a nata do hip-hop estadunidenses. Este álbum é uma compilação da trilha sonora do filme Judgment Night de 1993 e dirigido por Stephen Hopkins (Predador 2, A Sombra E A Escuridão, e alguns episódios da série 24 Horas). No Brasil saiu com o título de Uma Jogada Do Destino; um filme bacaninha de ação e perseguição. Bem, essa trilha sonora foi uma sensação para os entusiastas do rock alternativo, pois trouxe as bandas sensação da época fazendo experimentos surreais com grupos ferozes de rap. Se ainda havia algum preconceito com a mistura de rock com rap no cenário musical, morreu absolutamente depois desse disco. É só dar uma olhadinha na lista de artistas que participaram do projeto e logo dar uma arregalada nos olhos! A surpresa das combinações salta aos olhos. As músicas são pesadas, sujas, fortes, cheias de groove, com uma estética bem urbana, claustrofóbica e intimidadora. Com certeza esse foi um trabalho que muito veio a inspirar o nascente nu-metal naquele período.

V.A. - (1993) Judgment Night - Music Soundtracks:

01 Helmet & House Of Pain - Just Another Victim
02 Teenage Fanclub & De La Soul - Fallin'
03 Living Colour & Run-D.M.C. - Me, Myself & My Microphone
04 Biohazard & Onyx - Judgment Night
05 Slayer & Ice-T - Disorder
06 Faith No More & Boo-Yaa T.R.I.B.E. - Another Body Murdered
07 Sonic Youth & Cypress Hill - I Love You Mary Jane
08 Mudhoney & Sir Mix-A-Lot - Freak Momma
09 Dinosaur Jr. & Del Tha Funkee Homosapien - Missing Link
10 Therapy & Fatal - Come And Die
11 Pearl Jam & Cypress Hill - Real Thing

Deguste um fluxo:



Não tem página oficial do filme, portanto, apenas siga o fluxo !!!

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Fear Factory - (1995) Demanufacture


Vamos começar a semana já com esta paulada na cachola para ficarmos bem acordados! Quem conhece, sabe que isto aqui não é uma simples banda de metal industrial, mas sim um tanque de guerra em forma de banda. Eu tinha quatorze aninhos de idade quando ouvi essa bagaça pela primeira vez. Estava de férias na casa do meu primo, peguei um dos discos dele para ouvir quando ele tinha saído, nunca mais fui o mesmo. Demanufacture, o segundo álbum dos estadunidenses do aclamado Fear Factory, é hoje um clássico do metal, e também mais um disco com uma fórmula estética que é ainda copiada exaustivamente por todos. Toda a atmosfera do disco nos faz sentir-se dentro duma fábrica cheia de máquinas trabalhando. Riffs de guitarra com palhetadas brutais unem-se a uma batera metralhadora giratória capetônica. Muito pesado! Inteligência artificial, mecânica robótica e distopia tecnológica fazem parte do universo criado pelo Fear FactoryTeve um dia difícil cheio de estresse? Este disco é um passe energético para limpar sua aura de toda urucubaca astral!

Fear Factory - (1995) Demanufacture:

01 Demanufacture
02 Self Bias Resistor
03 Zero Signal
04 Replica
05 New Breed
06 Dog Day Sunrise
07 Body Hammer
08 Flashpoint
09 H-K (Hunter-Killer)
10 Piss Christ
11 A Therapy For Pain

Deguste um fluxo:



Rááá! (faixa Replica):



Visite a página do artista: Fear Factory

domingo, 28 de julho de 2019

Helmet - (1997) Aftertaste


Eis mais uma das bandas super icônicas dos anos 90. O que dizer duma banda que influenciou várias outras que surgiram nos anos 2000 e é mais uma das minhas milhares de favoritas? Tudo o que tinha para ser dito já o foi. Não vou chover no molhado. Basta acrescentar que este disco em particular não poderia jamais faltar neste blogAftertaste é o quarto álbum dos estadunidenses do Helmet, e é o meu favorito deles e um dos de toda a vida. Já escutei esse disco tanto, tanto, tanto que seria impossível quantificar a totalidade de audições. Nesse trabalho a banda conseguiu sintetizar com perfeição aquilo que se desenhava nos experimentos anteriores. Houve uma junção inteligente e compacta da simplicidade estrutural rítmica, do groove e peso nos deliciosos e originais riffs de guitarra, e de linhas vocais mais limpas e melodiosas; tudo bem acabado e bem polido. É claro que essa beleza logo depois foi copiada aos montes por muitas outras bandas (vide Deftones, por exemplo). Um álbum que não sai do meu tocador de MP3 e que é altamente recomendável para se ouvir no carro em aventuras nas estradas.

Helmet - (1997) Aftertaste:

01 Pure
02 Renovation
03 Exactly What You Wanted
04 Like I Care
05 Driving Nowhere
06 Birth Defect
07 Broadcast Emotion
08 It's Easy To Get Bored
09 Diet Aftertaste
10 Harmless
11 (High) Visibility
12 Insatiable
13 Crisis King

Deguste um fluxo:



Rock alternativo anos 90:



Visite a página do artista: Helmet

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Faith No More - (1995) King For A Day... Fool For A Lifetime


Não tenho dúvidas de que este disco foi algo vanguardista para a época em que o lançaram. Uma época de metaleiros cabeça dura que não aceitavam qualquer experimento rítmico na pureza virginal do metal. Entretanto, os anos 90 foram os anos de alto índice de experimentos com o metal, e o Faith No More é um dos maiores expoentes dessa empreitada experimental. Na época eram conhecidos como tocadores dum tal de funk-metal, porém, em seus devaneios estilísticos e técnicos permanentes compuseram álbuns que nunca caiam na mesmice e sempre traziam novos sabores que chutavam na bunda as tentativas de rotulagem estética. King For A Day... Fool For A Lifetime, o quinto álbum de estúdio da banda, para mim é a cereja no bolo de sua carreira. Um dos meus discos favoritos de toda a vida! Certamente é um dos trabalhos que representam bem a proposta deste blog aqui: eclético ao extremo. Rock pauleira, rock alternativo, jazz-funk, acid-jazzbossa nova, música romântica e só alegria. Disco que marcou uma época e influenciou uma porrada de gente. Acho que é um dos discos que mais escutei e escuto na vida.

Faith No More - (1995) King For A Day... Fool For A Lifetime:

01 Get Out
02 Ricochet
03 Evidence
04 The Gentle Art Of Making Enemies
05 Star A.D.
06 Cuckoo For Caca
07 Caralho Voador
08 Ugly In The Morning
09 Digging The Grave
10 Take This Bottle
11 King For A Day
12 What A Day
13 The Last To Know
14 Just A Man

Deguste um fluxo:



Do tempo em que assistíamos vídeo-clipes na antiga TV Gazeta (faixa Evidence):



Visite a página do artista: Faith No More

quinta-feira, 25 de julho de 2019

American Head Charge - (2001) The War Of Art


Dando continuidade ao meu trabalho irrelevante de opinar sobre discos, hoje trago mais uma bolachinha que transcendeu o período afamado infame nu-metalístico e fincou seus alicerces no panteão de discos passados que ainda valem a pena ser ouvidos. The War Of Art, primeiro trabalho dos estadunidenses do American Head Charge, na real é um álbum exuberante que muito reflete os experimentos industrias da moda do começo dos anos 2000. Abarcando com exatidão e beleza grotesca as influências do gênero industrial anos 90 com os floreios pesados, eletrônicos e cheios de groove do nu-metal, criaram um álbum que dificilmente você não deixará de ouvir do início ao fim numa paulada só. Com várias passagens que nos lembram os momentos mais empolgantes e pesadões dum Faith No More misturado com vocais urrados, rasgados e limpos, viajamos em balanços arrebatadores de breakdowns e flutuações tecladísticas ascensionais. E ainda mais modestos efeitos eletrônicos com chiados, apitos e samples doidões! Temos aqui um disco que até hoje é um dos meus favoritos e mais escutados.

American Head Charge - (2001) The War Of Art:

01 A Violent Reaction
02 Pushing The Envelope
03 Song For The Suspect
04 Never Get Caught
05 Self
06 Just So You Know
07 Seamless
08 Effigy 23
09 Americunt Evolving Into Useless Psychic Garbage
10 Shutdown
11 We Believe
12 Breathe In, Bleed Out
13 Fall
14 Reach And Touch
15 All Wrapped Up
16 Nothing Gets Nothing

Deguste um fluxo:



Visite a página do artista: American Head Charge

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Drowning Pool - (2001) Sinner


A essência do que um dia foi o projeto original da banda estadunidense Drowning Pool, está contida unicamente neste seu primeiro álbum aqui, Sinner. É o disco com os vocais do excelente e infelizmente já falecido, Dave Williams. O que há de excepcional e elemento de destaque neste trabalho é justo as linhas de vocais que contrapõem-se elegantemente ao excelente instrumental. Temos aqui um disco que com certeza ficou no hall de melhores do nu-metal, no entanto, também figura-se como mais um que transcende o estilo e fica como preciosidade nas obras do alternative rock. As composições são simples, porém muito bem elaboradas com grooves inteligentes e passagens super envolventes. Dave Williams colocou uma deliciosa dramaticidade raivosa misturada a sutilizações irônicas e melódicas em seu canto, criando uma atmosfera hipnótica que jamais serão reproduzidas novamente com tanta excelência. Minhas bandas favoritas desse período sempre eram as que possuíam apenas um guitarrista, e assim, conseguiam criar álbuns com magníficas estruturações de riffs cativantes e melodiosos. Esse álbum é assim também.

Drowning Pool - (2001) Sinner:

01 Sinner
02 Bodies
03 Tear Away
04 All Over Me
05 Reminded
06 Pity
07 Mute
08 I Am
09 Follow
10 Told You So
11 Sermon

Deguste um fluxo:



Esta tornou-se um clássico da época! (faixa Bodies):



Visite a página do artista: Drowning Pool

terça-feira, 23 de julho de 2019

36 Crazyfists - (2002) Bitterness The Star


Hoje trago-lhe mais um disco que para mim também conseguiu transcender a época e os rótulos impregnados nela. Eis mais um disco do período dito do nu-metal que ainda escuto com muito gosto. Este é o primeiro álbum da banda estadunidense 36 Crazyfists, e intitula-se Bitterness The Star. Os camaradas são do estado do Alasca e na capa de seu debut estamparam uma estética bem geladinha ao estilo invernal de lá. Bitterness The Star é um disco excelente e a fórmula executada aqui também não será mais repetida outra vez pela banda. Há trabalhos que possuem uma combinação de elementos que são únicos no universo. Mesmo que os artistas tentassem muitíssimo refazer tal empreitada, acredito que seria impossível. Neste caso em particular temos guitarras com timbres muito específicos que se adaptaram perfeitamente à riffs pesados e melancólicos, melodiosos e muito inspirados; vocais que desdobram-se violentos, tristonhos, angustiantes e melódicos ao mesmo tempo; e uma base forte segurando as dramaticidades performáticas com coerência e consistência. Não se acanhe e siga o fluxo!

36 Crazyfists - (2002) Bitterness The Star:

01 Turns To Ashes
02 One More Word
03 An Agreement Called Forever
04 Eightminutesupsidedown
05 Slit Wrist Theory
06 Bury Me Where I Fall
07 Dislocate
08 Two Months From A Year
09 Chalk White
10 All I Am
11 Ceramic
12 Circle The Drain
13 Left Hand Charity

Deguste um fluxo:



Visite a página do artista: 36 Crazyfists

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Boy Hits Car - (2001) Boy Hits Car


Já faz tempo que a moda das bandas nu-metal acabou. Para muitos, graças a Deus! Claro, uma hora ou outra essa bagaça acabaria; nada é para sempre. Entretanto, nada mais gostoso do que depois de ter passado uma moda musical, poder voltar os ouvidos para certas coisas e redescobrir tesouros que hoje em dia com um senso crítico mais apurado e maduro, se mostram de qualidade superior atravessadora dos tempos e mesmo elevadas para aquela própria época. Logicamente, o disco de hoje é um dos que se encaixam nessa descrição: o segundo álbum auto-intitulado dos estadunidenses do Boy Hits Car. Eles nunca mais conseguiram repetir o que foi elaborado aqui. Provavelmente continua sendo o melhor trabalho deles. Já nem mais coloco o rótulo de nu-metal nisso aqui; é um álbum que transcendeu o período no qual nasceu. Vocais deliciosos em melodias maravilhosas delineiam-se do início ao fim, executados por Cregg Rondell. Riffs de guitaara simples, mas extremamente fortes e melodiosos; misturas inusitadas com cítaras indianas e muito groove pesadão. Um belo disco que ainda vale a pena ser escutado.

Boy Hits Car - (2001) Boy Hits Car:

01 The Rebirth
02 Lovecore (Welcome To)
03 As I Watch The Sun Fuck The Ocean
04 I'm A Cloud
05 Man Without Skin
06 A Letter From Prison
07 Unheard
08 Going To India
09 Turning Inward
10 Benkei
11 Before We Die

Deguste um fluxo:



Visite a página da banda: Boy Hits Car

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Monuments - (2018) Phronesis


Este disco era para ter sido postado no mês passado, mas minha preguiça monumental derivada da depressão não deixou. Bem, o certo é que de alguma forma também estou bem feliz, muito feliz mesmo! No dia 15 de Junho, num sábado bem gostoso, pude junto com minha esposa realizar um dos meus sonhos: assistir a banda Monuments ao vivo aqui em São Paulo. Que felicidade! Delícia de show! Um dos melhores da minha vida! A banda é excelente ao vivo. E, após a apresentação, minha esposa e eu ainda pudemos tirar uma foto com meu integrante favorito: o vocalista Chris Barretto. Mas quase um mês depois, a banda resolve jogar um balde de água fria nos fãs, rsrsrs. Sabe-se lá por qual motivo, Chris Barretto deixou o grupo. Puta que pariu! O melhor vocalista que a banda já teve. Em Phronesis, o terceiro álbum da banda britânica de djent-progressive metal, temos a condensação dos talentos de Chris Barretto nos vocais e John Browne nas composições guitarrísticas. Vocais violentos e limpos com pegadas Michael Jackson, se misturam a guitarras pesadas, com melodias complexas e cheias de groove. Porra, amo demais!

Monuments - (2018) Phronesis:

01 A.W.O.L
02 Hollow King
03 Vanta
04 Mirror Image
05 Ivory
06 Stygian Blue
07 Leviathan
08 Celeste
09 Jukai
10 The Watch

Deguste um fluxo:



Visite a página do artista: Monuments