quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Shpongle - (2009) Ineffable Mysteries From Shpongleland


Lembro-me da primeira vez que escutei este álbum. Foi uma verdadeira experiência de expansão da consciência. Eu vinha duma coleção de audições do mundo rock'n'roll e ainda começava minha excursão nas paragens da música eletrônica. Ineffable Mysteries From Shpongleland, o quinto álbum da dupla de DJ's britânicos Simon Posford e Raja Ram, arquitetos sonoros do estupendo projeto psydub Shpongle, foi um dos primeiros discos de música eletrônica que ouvi na vida. Como eu estava com a mente mais aberta para novos sabores musicais, acabei abraçando com muito amor o projeto desses camaradas. Sua mistura de efeitos eletrônicos múltiplos com sonoridades orgânicas foram uma ótima introdução a esse mundo de programações computadorizadas e discotecagens. Com Ineffable Mysteries From Shpongleland percebi que essa forma de fazer música é uma ciência com suas peculiaridades e técnicas próprias, e que muito exige da criatividade de seus artistas. Shpongle é um dos melhores projetos do estilo, e não por acaso, é um dos mais famosos no cenário do psydub. Esse álbum é a sua coroa absoluta!

Shpongle - (2009) Ineffable Mysteries From Shpongleland:

01 Electroplasm
02 Shpongolese Spoken Here
03 Nothing Is Something Worth Doing
04 Ineffable Mysteries
05 I Am You
06 Invisible Man In A Fluorescent Suit
07 No Turn-Unstoned
08 Walking Backwards Through The Cosmic Mirror

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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Supersillyus - (2013) Interabang‽


Supersillyus traz em seu terceiro álbum, Interabang, experimentações alucinantes que fazem dele o substituto absoluto do seu aclamado e reverenciado Tesselations. Essa aventura sonora de apenas cinco faixas desenvolve-se em pouco mais de 45 minutos de prazer auditivo, atingindo paulatinamente as profundezas da consciência para se desdobrar em arcos de dramaticidades flutuantes, ritmos quebrados de tempo fora do padrão, voltas e reviravoltas inesperadas, conflitos e resoluções muito bem desenhados. Interabang é uma forma esquecida de pontuação que combina o ponto de interrogação e o ponto de exclamação (‽) para denotar algo que é extremamente excitante e intrigantemente confuso. Essa é a verdadeira natureza do termo "psicodélico" e a razão pela qual o chamam de "viagem": você deveria ir a outro lugar, em algum lugar onde nunca esteve antes. Então deixe Supersillyus levá-lo em uma jornada, onde cada revelação leva a novas perguntas através de tesselação mental. Eis aqui mais um daqueles trabalhos de psydub que com toda certeza afigura-se na minha lista de melhores discos de todos os tempos. 

Supersillyus - (2013) Interabang‽:

01 Palindromeda
02 Collide-O-Scope
03 Interabang
04 The Silly Revolution
05 Bananotechnology (Surface)

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Phutureprimitive - (2004) Sub Conscious


Conheci o trabalho do Phutureprimitive por meio do seu excelentíssimo segundo álbum, Kinetik. Pensei que depois de ter ouvido algo tão extraordinário, a audição do seu primeiro disco, Sub Conscious, não me impressionaria tanto. Dei o play na bolacha de estreia do camarada e caí de cara no chão. Sub Conscious tem uma pegada completamente diferente, mais para os experimentos psydub e chillout; é claramente uma apresentação da alta qualidade musical produzida pelo DJ estadunidense, Rain. Linhas melódicas bem flutuantes e introspectivas, ritmo lento e groovado influenciado pelo dub, e fluxos psicodélicos profundos dum dark ambient, compõem a estrutura básica performática do álbum. Hipnotizador e anestésico, numa produção cuidadosa que evoca excursões psiconaúticas e meditativas. As batidas vão chegando fortes mas lentamente, na manha do gato e prontas para um bote discreto, onde passagens ascendentes te pegam de surpresa numa exaltação extática. Linhas progressivas se desenvolvem com precisão em soporíficos movimentos que nos lembram ritmos xamânicos e ancestrais. Confira!

Phutureprimitive - (2004) Sub Conscious:

01 Rites Of Passage
02 Darkness
03 Elysium
04 Ritual
05 Spanish Fly (Flamenco Dub Pt. 1)
06 Hyper-Sence
07 Drifting
08 Submerge
09 Dissolve

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Beats Antique - (2008) Collide


Tá aí um outro grupo que durante um período da minha vida também fez o meu cabeção. Mais um pouquinho de um novo mundo descortinava-se para mim com o Beats Antique, trio estadunidense de música eletrônica. Eu entrava aos poucos no círculo mágico do tribal fusion, e isso num momento muito especial onde esse tipo de música vinha carregado de grande significado para mim. Música eletrônica flertando com elementos orgânicos e dialogando com experimentalismos world music. Colide, o segundo álbum do grupo, é uma continuação de derivações tribais cuidadosamente delineadas em modernas experimentações ecléticas, e ainda com mais aprofundamentos estilísticos nos efeitos e arranjos. Os trabalhos posteriores da banda são apenas uma evolução dos maravilhosos experimentos que deram super certo. Integram o grupo: David Satori no banjo, viola, percussão e programações; Sidecar Tommy na bateria, piano, percussão e programação; e a deliciosa Zoe Jakes na programação e na sensualíssima dança do ventre, que faz das performances ao vivo do grupo uma coisa de outro mundo!

Beats Antique - (2008) Collide:

01 Beauty Hearts
02 Dope Crunk
03 Erase
04 Scratch
05 Roustabout
06 06 Nesatovo (Feat. Brass Menazeri)
07 Caterpillar
08 Slapdash Era
09 Sweet Demure
10 Milieu
11 Shrine
12 Horino (Feat. Brass Menazeri)
13 Roustabouts (BASSNECTAR Remix)

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Ozric Tentacles - (2009) The Yumyum Tree


Ozric Tentacles é uma banda britânica de rock psicodélico. Formada em 1983, vendeu mais de um milhão de álbuns no mundo todo. Passou por várias mudanças de formação, tendo o guitarrista Ed Wynne permanecido como único membro original da banda. O grupo ganhou atenção por seu estilo experimental, que faz uso proeminente de sintetizadores, guitarras viajantes e samples. A música do Ozric Tentacles é uma mistura de funkjazz fusiondubreggaeambient music, com uma sonoridade influenciada por Steve Hillage e a banda Gong. Muitas de suas canções incorporam cadências temporais incomuns e timbres místicos de influência oriental. Além disso, a banda utiliza frequentemente arranjos complexos que incluem mudanças na fórmula de compasso e ritmos multi-versáteis. Esses recursos são frequentemente misturados com elementos eletrônicos, incluindo sintetizadores arpejados, densamente influenciados por camadas de música psy-trance e techno, abafadores, efeitos nas linhas de baixo e batidas eletrônicas programadas. The Yumyum Tree é o seu vigésimo quarto álbum.

Ozric Tentacles  - (2009) The Yumyum Tree:

01 Magick Valley
02 Oddweird
03 Mooncalf
04 Oolong Oolong
05 Yumyum Tree
06 Plant Music
07 Nakuru
08 San Pedro

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Entheogenic - (2008) Flight The Of Urubus


Entheogenic é um projeto musical composto por Piers Oak-Rhind e Helmut Glavar que cruza os limites do estilo musical. Desde o início dos anos 80, o músico e compositor austríaco Helmut Glavar fundou uma variedade de bandas, variando de punk e funk a new wave. Piers Oak-Rhind nasceu na Inglaterra e é designer de som, programador e músico desde o início dos anos 90. Ele estudou guitarra na London School Of Guitar. De acordo com os dois membros, a música deles mistura "eletrofonia colorista" com "som impressionista de orquestra". O uso de vocais orientais e ocidentais, instrumentos de sons tribais e um conjunto de sintetizadores construiu a base do som enteogênico. Entheogenic é um dos dois principais projetos psydub (junto com Shpongle) cuja experimentação influenciou enormemente a cena eletrônica psicodélica. O primeiro trabalho da dupla, Entheogenic, é um álbum conceitual que relata o conto de uma jornada com Ayahuasca, com melodias trance em camadas e arranjos texturalmente ricos. Flight The Of Urubus, sua quinta bolacha, traz ainda as fortes características desenvolvidas no debut álbum.

Entheogenic - (2008) Flight The Of Urubus:

01 Skullcap
02 Trara
03 Araras
04 Entheogen Spice
05 Microcondian
06 Urubus
07 Vervain
08 Fellowship
09 Rio Barra
10 Itaipava

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Younger Brother - (2007) The Last Days Of Gravity


Adoro estes projetos de música eletrônica que misturam elementos e efeitos orgânicos em seus trabalhos. Younger Brother é mais uma dessas duplas britânicas de DJ's trazendo deliciosos experimentos onde podemos identificar uma influência de estilos e características tradicionais da música eletrônica, casados com modernidades líquidas e psicodélicas. Aqui a qualidade excepcional do produto não poderia ser diferente, já que as cabeças do projeto são o excelentíssimos Simon Posford do maravilho Shpongle, e Benji Vaughan que também tem um lindo trabalho solo. A união de talentos com suas respectivas personalidades estilísticas é muito singular e evidente nos desdobramentos musicais de The Last Days Of Gravity, a segunda bolacha da dupla. Os elementos ultra-psicodélicos repleto de profundidades eco-ambientais e plasticidades orgânicas dum Shpongle, formam uma nova criatura auditiva ao acasalarem-se com o lado sinistro, sombrio e mais ambient do Benji Vaughan dum Even TundraThe Last Days Of Gravity é o meu álbum favorito da dupla. Vale muito a pena ouvi-lo! Pode confiar!

Younger Brother - (2007) The Last Days Of Gravity:

01 Happy Pills
02 All I Want
03 Elephant Machine
04 Your Friends Are Scary
05 I Am A Freak
06 Ribbon On A Branch
07 Sleepwalker Part I
08 Sleepwalker Part II
09 Psychic Gibbon

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sábado, 5 de janeiro de 2019

Ott - (2008) Skylon


A sensibilidade artística de alguns operários da música extrapola o círculo comum das produções sonoras do dia a dia. Trabalhos como o do DJ britânico Ott nos mostram como a criatividade nas múltiplas combinações eletrônicas, podem se desenvolver em experimentações estéticas de elegância e profundidade. Usando uma base dub music, ele vai agregando elementos diversos que transitam sutilmente por fluxos contemplativos e aéreos do chillout music e da música psicodélica. O estilo arquitetado pelo artista é mais conhecido como psydub: efeitos introspectivos da ambient music mesclam-se de maneira harmoniosa com beats groovados em viajantes sonoridades meditativas. Skylon, o segundo álbum do artista, e o meu favorito, traz a síntese perfeita da estruturação musical elencada anteriormente. Com calma e tranquilidade, o disco vai te levando a estados introvertidos de concentração, desenhado fluxos ligeiros e etéreos de devaneios oníricos estimulantes para sua mente. Passagens dançantes e de balanço complementam a bolacha que mantem-se do início ao fim repleta de swing e elevação espiritual.

Ott - (2008) Skylon:

01 From Trunch To Stormness
02 The Queen Of All Everything
03 Rogue Bagel
04 Daisies And Rubies
05 Signals From Bob
06 382 Seaside
07 Roflcopter
08 A Shower Of Sparks

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Kaya Project - (2018) Up From The Dust


Kaya Project é um projeto de música eletrônica world-chillout-music do DJ britânico Seb Taylor. Em 2018 ele lançou mais uma magnífica bolacha: Up From The Dust, a sexta de sua carreira. Eis um dos meus projetos de música eletrônica favoritos. Amo a música produzida por este camarada. É uma das poucas que consegue expressar quase que fielmente as sutilezas do meu estado de espírito mais profundo, rsrsrs. É claro que muita gente deve também se identificar dessa forma com o trabalho do Kaya Project. De fato, é de grande beleza a obra realizada aqui. Em Up From The Dust, Seb desenvolve com ainda mais firmeza e concentração o seu lado contemplativo e arrebatador; aglutina nessa bolacha uma exuberante espiritualidade natural em ritmos suaves e delicados, sempre naquele sábio entrelaçamento de organicidade e efeitos eletrônicos. O álbum traz milhares de referências à música oriental misturadas ao tradicionalismo folk. Participações especias de cantores internacionais (parceiros de trabalhos anteriores) complementam a elegância da bolacha num multiculturalismo étnico visando um esteticismo universal. Lindo!

Kaya Project - (2018) Up From The Dust:

01 Out Of The Dust (Intro)
02 Playful New World (Feat. Randolph Matthews)
03 Lele Yane (Feat. Irina MIkhailova)
04 Taki Ura Matts
05 Rain Bless Earth
06 Nazreh Mili (Feat. Shahin Badar)
07 Reminisce
08 San Pedro Rising
09 Forgive
10 Taking Root
11 Up From The Dust
12 Soul Sanctuary
13 Shiva Shankara (Feat. Irina Mikhailova)
14 Marco Atlantico
15 Raging Rivers (Feat. Psibindi)
16 The Weight Of Words (Feat. Omar Faruk Tekbilek & Irina Mikhailova)

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Vibrasphere - (2006) Archipelago


Começarei o ano compartilhando com você um dos meus discos favoritos de progressive trance. Música entusiástica e alto astral para lhe dar forças para esta nova jornada de 365 dias. Archipelago, o terceiro álbum da dupla sueca Vibrasphere, é uma das mais belas bolachas de música eletrônica que já ouvi na vida. Não há como se sentir triste ou deprimido depois uma sessão contemplativa com esse álbum. Recomendo escutá-lo com um bom headphone na cachola, para degustar mais detalhadamente as estonteantes e sutis nuances de efeitos e viradas geniais desses excelentíssimos DJ's. Para ficar ainda mais legal, coloque o disco para tocar no seu carro enquanto você desce para o litoral paulista passeando por aqueles túneis e paisagens naturais; aí sentirá a indescritível pegada do disco! Música super dançante que dialoga diretamente com o corpo e o joga num estado meditativo extático de ascensão espiritual. O álbum começa com a contemplativa e linda Tierra Azul, e logo depois vai subindo em linhas espirais progressivas rumo à alturas cada vez mais siderais. Disco bom da porr@, mano!

Vibrasphere - (2006) Archipelago:

01 Tierra Azul
02 Sweet September
03 Reservoir
04 Landmark
05 Seven Days To Daylight
06 Morning Breeze
07 Sudden Comfort
08 Baltic Resonace
09 Late Winter Storms

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