sexta-feira, 31 de maio de 2019

Alfredo Dias Gomes - (2019) Solar


Club Jazz & Bossa: "O baterista Alfredo Dias Gomes lança seu décimo primeiro disco solo, Solar,  totalmente autoral e inédito. Uma proposta um tanto diferente dos últimos trabalhos que tinham uma roupagem bem mais jazz-rock. Aqui, resolveu mostrar, na raiz, como cria suas composições e fez toda a base deste trabalho usando teclados virtuais do ProTools. Basicamente, usou sons de fender rhodes. piano acústico, clavinete e mini moog, além das linhas de baixo usando o fingersbass, fretless e baixo dobrado uma oitava abaixo. Um convidado muito especial participou ao seu lado neste trabalho como solista, o saxofonista Widor Santiago. Um convite bastante inusitado, pois, quando feito, Alfredo simplesmente disse - 'Vai ser só nós dois'. Curiosamente, ao final da sessão de gravação, ainda perguntou se não era melhor chamar um baixista, para uma resposta bem sincera e humorada de Widor - 'Cara, nem reparei que não tinha baixista'. Widor, aliás, participou de quase todos os discos de Alfredo Dias Gomes. [...]" - Jazz, MPB, Fusion, tudinho com toques abrasileirados de alta qualidade.

Alfredo Dias Gomes - (2019) Solar:

01 Viajante
02 Solar
03 Trilhando
04 Corais
05 Smoky
06 El Toreador
07 Alta Tensão
08 Finale

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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Stanley Turrentine & Milt Jackson - (1972) Cherry


Adaptação duma resenha do The Jazz RecordCherry é um daqueles álbuns que oferece ao ouvinte o melhor do passado e do futuro da música jazz no início dos anos 70. Stanley Turrentine combina perfeitamente seu delicioso sax com as vibrações emocionantes do vibrafone de Milt Jackson, e neste trabalho magistral temos uma mistura inebriante de soul-jazz, hard bop e funk-jazz embrulhado em um registro coeso e muito agradável. Speedball (composição original de Lee Morgan) é excelente e personifica essa mistura de estilos e talentos. Turrentine e Jackson ficam um bom tempo em virtuoses solísticas, e todo o grupo consegue pegar uma faixa clássica de hard bop e dar-lhe uma roupagem soul-jazz, mantendo a vitalidade do original. No outro extremo do espectro, encontramos Sister Sanctified, uma obra-prima de soul-jazz-funk, com os músicos de apoio estabelecendo as linhas mais divertidas da melodia, enquanto Turrentine e Jackson brincam livres numa alegria só. Turrentine sempre apresentou trabalhos exuberantes, e Cherry acrescenta mais brilho a sua carreira com a adição do talento criativo de Jackson.

Stanley Turrentine & Milt Jackson - (1972) Cherry:

01 Speedball
02 I Remember You
03 The Revs
04 Sister Sanctified
05 Cherry
06 Introspective

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terça-feira, 28 de maio de 2019

Hugh Masekela - (1973) Introducing Hedzoleh Soundz


Oficina De Macacos: "[...] Hugh Ramopolo Masekela, nascido na África Do Sul em 1939, começou a flertar com a música quando ganhou um trompete de Dom Trevor Huddleston, padre de frente anti-apartheid. Frente em que arrancara apaixonados olhares do jovem Hugh. [...] O disco 'Introducing Hedzoleh Soundz' ostenta com sobra as exigências de um fiel representante. Foi gravado nos estúdios da EMI, na Nigéria, em 1973 [...]. O resultado é vibrante desde o primeiro segundo, carrega toda força do afrobeat, a destreza indispensável a um bom funk e a criatividade ritual veiculada ao jazz. É sem dúvida a obra-prima de Hugh Masekela! [...] Como produtor e integrante, Masekela administra com a firmeza e a precisão de um arqueiro real, que confia em suas flechas, que não cogita o erro. Arriscou e acertou com técnicas e efeitos modernos, como os incansáveis delays e impecáveis vocais sobrepostos. [...] Este é um som direcionado aos curiosos de plantão, aqueles que se pegam coçando o intelecto fronte novos ares musicais. Recomendar uma ou outra faixa seria um disparate, este tem que ser ouvido por completo. [...]".

Hugh Masekela - (1973) Introducing Hedzoleh Soundz:

01 Languta
02 Kaa Ye Oya
03 Adade
04 Yei Baa Gbe Wolo
05 Patience
06 When
07 Nye Tamo Ame
08 Rekpete

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segunda-feira, 20 de maio de 2019

The Budos Band - (2019) The Budos Band V


Eles voltaram! Voltaram com uma verve mais rock'n'roll e com as mãos mais pesadas. Neste novo e quinto álbum do The Budos Band, intitulado numericamente como seus primeiros discos, The Budos Band V, percebe-se um tratamento mais rockístico e pesado, tanto no jeito de tocar, na estética, e nos grooves mais recheados e encorpados. As referências ao rock psicodélico setentista são várias: introduções sabbathianas tenebrosas ao estilo filmes de terror; pegadas lisergicamente mirabolantes de guitarra; tecladísticos órgãos cheios de choro flutuante; morosas conduções rítmicas duma viagem de travessia de deserto; e, tudo isso aí atrás, junto com o suculentíssimo naipe de arrasadores metais soprando violência e ostentação sonora pra tudo que é lado! Atmosfera soturna e noturna, carregada como o negrume profundo da terra, e trágica-dramáticas evocações de sonoridades fúnebres. Mesmo com toda essa experimentação, a banda conseguiu manter-se fiel ao estilo e inovou de maneira satisfatória o seu repertório. E, não se preocupe! Ainda se tem muito swing, balanço e groove na bolacha!

The Budos Band - (2019) The Budos Band V:

01 Old Engine Oil
02 The Enchanter
03 Spider Web Pt. 1
04 Peak Of Eternal Night
05 Ghost Talk
06 Arcane Rambler
07 Maelstrom
08 Veil Of Shadows
09 Rumble From The Void
10 Valley Of The Damned

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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mulatu Astatke & The Heliocentrics - (2009) Inspiration Information Vol. 3


Excerto do Wikipédia: "Mulatu Astatke é um compositor nascido na Etiópia, em 1943, considerado o pai do ethio-jazz. Musicalmente talhado em sua juventude na Inglaterra e nos EUA, onde aprendeu a tocar piano, percussão e clarinete, seu retorno à sua terra natal no final da década 60 o leva a uma carreira sólida. Sua música é única, pontuada por cool jazz, salsa, funk e uma sonoridade que remete a toques árabes e indianos. Ele trabalhou com muitos artistas influentes do jazz como Duke Ellington durante a década de 70. Após a reunião do grupo Either/Orchestra de Massachusetts, em Adis Abeba, capital da Etiópia, em 2004, Mulatu começou uma colaboração com a banda, que continua até os dias de hoje [...] No outono de 2008, ele colaborou com o coletivo de jazz psicodélico de Londres, The Heliocentrics, em um álbum chamado 'Inspiration Information Vol. 3', que incluía algumas versões de seus clássicos anteriores do ethio jazz com material novo produzido pelos Heliocentrics e pelo próprio Astatke. O instrumento de Mulatu, e sua assinatura sonora, é o vibrafone."

Mulatu Astatke & The Heliocentrics - (2009) Inspiration Information Vol. 3:

01 Masengo
02 Cha Cha
03 Addis Black Widow
04 Mulatu
05 Blue Nile
06 Esketa Dance
07 Chik Chikka
08 Live From Tigre Lounge
09 Chinese New Year
10 Phantom Of The Panter
11 Dewel
12 Fire In The Zoo
13 An Epic Story
14 Anglo Ethio Suite

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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Höröyá - (2019) Pan Bras’Afree’Ke Vol. 2


Excerto retirado do site da banda: "Em seu terceiro disco, o Höröyá segue firme em sua proposta musical, com um pensamento aprofundado em ritmos e linguagens afro-brasileiras e oeste-africanas. [...] Pan Bras’Afree’Ke Vol.2, conta com a participação de grandes nomes como Famoudou Konate, Cheick Tidiane Seck, Jaques Morelembaum, Gabi Guedes e Davi Kopenawa Yanomami. [...] O álbum conta com a participação de artistas de cinco países: Brasil, Mali, Guiné, Senegal e Burkina Fasso e foi realizado em dois volumes, Pan Bras’Afree’ke Volumes 1 e 2. Sob comando de André 'Piruka' as novas faixas avançam nas poliritimias e compassos compostos, com arranjos de percussão que misturam concepções de Sabar, música Mandeng e Candomblé Ketu e Nagô, e melodias que mantem a proximidade com o funk, o jazz e o afro-beat. [...] Com uma proposta artística única, trabalhando conjuntamente com grandes mestres de diferentes países, pensando o tradicional no moderno, a música do Höröyá agrada um público amplo e o grupo consolida-se como uma banda reconhecida e necessária na cena musical brasileira [...]".

Höröyá - (2019) Pan Bras’Afree’Ke Vol. 2:

01 Travessia – Abu Bakr II
02 Pan Bras’Afree’Ke Pt. 2
03 Dogon
04 Sete Curvas
05 Inike Papá – Famoudou Konate
06 O Não Retorno – Abu Bakr II
07 Mandin’Groove
08 Griot Xamã Pajé

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terça-feira, 14 de maio de 2019

Ocote Soul Sounds - (2009) The Alchemist Manifesto


E mais uma vez, lá vamos nós, trazer-lhe mais um novo alimento sonoro para a alma. Acredito que a delícia de hoje vem muito a calhar com está manhã de Terça-Feira. Ocote Soul Sounds é um projeto da dupla de produtores Adrian Quesada e Martin Perna, e The Alchemist Manifesto é o segundo trabalho deles. Bem, aqui encontraremos o melhor que um balanço soul-funk pode nos oferecer, uma suavidade viajante cheia de molejo e dengo gostoso para brisas relaxantes, batucadas bacanérrimas, flautas hipnotizadoras, cantos corais ao estilo cubano, maravilhosos fluxos melódicos de dar água na boca e êxtase aos ouvidos, e blá-blá-blá e tal. Termina aí, Oficina De Macacos: "Produzido por Eric Hilton, do Thievery Corporation, reflete sua evolução com uma mistura saborosa e dinâmica entre texturas da música latina, mensagens políticas conscientes, pegadas frenéticas do afrobeat e o peso do hip-hop. Este álbum chega como o mais expansivo e completo dentre todos os demais discos. Até um próximo álbum, este pode sim ser rotulado como a 'chave de ouro' da Ocote Soul Sounds!". E é isso, tchau!

Ocote Soul Sounds - (2009) The Alchemist Manifesto:

01 The Grand Elixir
02 La Reja
03 El Pescador
04 Les Dunes D'Ostende
05 The Alchemist Manifesto
06 Gunpowder
07 Hacia Un Mañana Mejor
08 Contra El Sol
09 Pelican
10 One Hundred Years
11 Cariño

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sábado, 11 de maio de 2019

Kokolo - (2009) Heavy Hustling


Balanço africano feito por estadunidenses cheios de swing! Apresento-lhe mais uma bolachinha do Kokolo, banda de afrobeat supimpa. Heavy Hustling é o quarto álbum do grupo. Aquele afrobeat mais experimental, modernoso e cheio de ousadia continua firme e forte neste trabalho. Linhas bem encorpadas de baixo juntam-se a batuques macumbeiros para formar uma base consistente com muito groove. Todo trabalho com o ritmo adquire neste disco uma maior relevância ao acentuar destaque na busca de ressaltar a ligação com as raízes africanas. Em muitas passagens é evidente a influência numa expressão quase involuntária, de elementos soul-funk e hip-hop dando uma característica peculiar ao som do grupo. A produção é de uma simplicidade rústica proposital, e exalta a espontaneidade do som e um acabamento mais orgânico. Ainda sim, o que falta de tradicionalismo no afrobeat do Kokolo, é complementado com inteligência e criatividade. Num período muito especial da minha vida, Kokolo foi uma das primeira bandas de afrobeat que conheci, e continua uma alegria ouvi-lo.

Kokolo - (2009) Heavy Hustling:

01 Soul Power
02 The Grunt
03 Please, Please, Please
04 Think
05 It's A New Day
06 Bring It Up
07 The Popcorn
08 Mind Power

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quarta-feira, 8 de maio de 2019

The Souljazz Orchestra - (2012) Solidarity


Basta dar o play em algum disco do The Souljazz Orchestra, e parece que todo e qualquer resíduo de problema encrustado na mente, sofre um instantâneo processo de autocombustão. Tudo é incendiado pelo poder fulminante duma alegria sonora imponente. Na sonoridade dessa rapaziada não transparece só alegria, mas também muita sobriedade, elegância e mão firme, numa precisão técnica que alia virtuosidade e simplicidade na medida certa. Não subestime o poder dessa banda, é uma das melhores do gênero afrobeat e jazzSolidarity é quinto delicioso álbum do grupo. Sempre politizados, cantam refrões que desmascaram a hipocrisia e soberba do mundão. O swing, o molejo gostoso, o balanço malemolente, a ginga malandra e o requebrado sensual, não poderiam deixar de estar presentes; características inerentes ao estilo da banda. O jazz e o afrobeat  entrelaçam-se numa sutileza quase que perfeita, e a delimitação dos gêneros nas canções extrapolam a capacidade de rotulação; o casamento estético efetua-se em êxtase total. E nesse disco em especial, a banda experimenta mais um pouco e coloca elementos reggae na parada.

The Souljazz Orchestra - (2012) Solidarity:

01 Bibinay
02 Kelen Ati Leen
03 Cartão Postal
04 Ya Basta
05 Jericho
06 Serve & Protect
07 Conquering Lion
08 Kingpin
09 Tanbou Lou
10 Nijaay

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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Antibalas - (2001) Liberation Afrobeat Vol. 1


Novamente temos aqui mais um afrobeat de inegável qualidade. Os discos do grupo norte-americano Antibalas podem ser ouvidos sem nenhuma preocupação de se decepcionar; só tem coisa fina na bagagem dessa rapaziada. São tão fidelíssimos ao estilo que eu até juraria ser uma banda tradicional do afrobeat africano, se não soubesse que é estadunidense. Como quase tudo em boa parte deste gênero, não faltará ao ouvinte os maravilhosos elementos de um digno afrobeat. Batucadas tribais para nenhum terreiro de Candomblé botar defeito; guitarrinhas swingadas cheias de balanço; cantos em sotaque anglo-africano; vozes corais para repetir frases de efeito em letras politizadas; metais arrasadores solfejando melodias virtuosas; órgãos psicodelicamente calibrados; e canções long version para fazê-lo viaaaaaaaaaajar bastante. Liberation Afrobeat Vol. 1 é o debut álbum do grupo. Esse é o disco mais roots da banda. E essa é mais uma daquelas bolachinhas musicais que dá vontade de colocar no som do carro para embalar uma viagem improvisada e sem destino de fuga da Babilônia. Tchau e bênção!

Antibalas - (2001) Liberation Afrobeat Vol. 1:

01 Si, Se Puede
02 Dirt And Blood
03 Battle Of The Species
04 N.E.S.T.A. (Never Ever Submit To Authority)
05 Musicawi Silt (Live At The Jazz Café, London)
06 Uprising
07 El Machete
08 World War IV (Live At The Jazz Café, London)

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